A conferência deve reunir ministros de dezenas de países para discutir vantagens e desvantagens do uso do etanol e suas conseqüências para a produção de alimentos. Desenhada para a participação dos ministros envolvidos com o tema, ela terá poucos chefes de Estado, além de Bush. Até agora manifestaram a intenção de acompanhar a conferência os primeiros-ministros da Indonésia e da Dinamarca.
O mandatário dinamarquês, Anders Fogh Rasmussen, é aliado de Lula na defesa do etanol combustível, e já declarou isso quando visitou o Brasil, em abril. Ele será o anfitrião, em 2009, da conferência de Copenhague sobre aquecimento global, que pretende estabelecer um sucessor para o protocolo de Quioto, destinado a limitar as emissões de gases provocadores do efeito estufa.
A conferência sobre biocombustíveis é a resposta de Lula às críticas internacionais contra o etanol, por seus efeitos danosos ao meio ambiente e sobre o mercado de preços agrícolas. Ele espera tirar, do encontro, um consenso global em favor do desenvolvimento de tecnologias sustentáveis para o uso do etanol de cana-de-açúcar como combustível. A conferência replicará, em parte, o modelo adotado no Fórum Econômico Mundial, com mesas de debates comandadas por autoridades e especialistas de reconhecimento mundial e reuniões de ministros, que receberão as conclusões técnicas para decisão política.
Fonte: Estadão