Fortaleza (CE)- Uma das capitais candidatas a sediar os jogos da Copa do Mundo de Futebol de 2014, começa a debater sobre as necessidades locais de investimentos para este evento.
Com patrocínio exclusivo do Instituto do PVC, o Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (Sinaenco) realizará, nesta quarta-feira, 11 de março, o ciclo de debates que vem sendo realizado em todo o País. O objetivo é definir qual o legado que cada sede terá após o evento.
A escolha do Brasil como palco para a Copa de 2014 abre uma série de oportunidades para as indústrias ligadas à construção e ao saneamento básico, já que o evento vai exigir tanto a construção e reforma de estádios, quanto várias obras de infraestrutura nos arredores, para atender às exigências da Fifa, a entidade que comanda o futebol mundial.
Cada Estado sede de jogos terá que realizar grandes investimentos para o recebimento dos cerca de 500 mil turistas esperados para o evento. Obras de construção e saneamento básico, de infraestrutura de acessibilidade e logística, além dos investimentos em telecomunicações e no turismo estarão envolvidos no processo.
A questão é como fazer com que esses investimentos sejam, além de úteis para o período dos jogos, também sustentáveis após a Copa?
José Roberto Bernasconi, presidente do Sinaenco, afirma que, para cada Estado, sediar os jogos da Copa do Mundo pode ser uma excelente oportunidade de um salto em melhorias estruturais. Mas, para tanto, o planejamento deve se encaminhar para que essas obras sejam sustentáveis, ou seja, para que, após a Copa do Mundo tenham serventia à população e realmente agreguem valor ao País, tendo em vista o custo que elas demandarão.
“Para que isso aconteça, é importante a conversa entre os profissionais ligados aos setores envolvidos, nesse momento de planejamento de ações”, afirma o presidente do Sinaenco, que participa dos debates.
A cadeia produtiva do PVC é uma das que se beneficiarão deste cenário, já que o produto é o principal plástico da construção civil e do saneamento básico, sem contar a sua importante participação na arquitetura. “Vale lembrar que dos sete estádios construídos ou reformados para a Copa da Alemanha, realizada em 2006, cinco receberam cobertura de PVC”, afirmou Miguel Bahiense Neto, diretor executivo do Instituto do PVC. Quando o assunto é sustentabilidade, mais uma vez o PVC é destaque.
Miguel Bahiense lembra que o produto ajuda na conservação dos recursos naturais, melhora a qualidade de vida das pessoas e contribui para o crescimento econômico. O executivo também ressalta que a principal matéria-prima do PVC é o sal marinho, um recurso natural renovável, e que o PVC pode ser reciclado várias vezes sem perder as suas propriedades originais.
Até agora, o Ciclo de debates já passou por Salvador, Recife, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Florianópolis, Rio de Janeiro e Paraná.
O evento que acontecerá em Fortaleza e reunirá empresários, entidades e autoridades públicas e privadas, enfocará a adequação das arenas esportivas e a mobilidade urbana de Fortaleza e cidades vizinhas.
Fonte: Estadão