CEMIG investirá em novas subestações de energia elétrica, transformação digital e energia renovável

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Com o investimento previsto para R$22,5 bilhões até 2025, a Cemig quer expandir seus negócios em geração, transmissão e distribuição de energia, além de geração distribuída e comercialização de gás. Com participações em 83 empreendimentos de geração em operação em dez estados brasileiros, sendo 44 empreendimentos próprios, 76 usinas hidrelétricas, 6 parques eólicos e 1 usina fotovoltaica, o Grupo Cemig divulgou seu programa de investimentos para os próximos anos. 

Ativa em Minas Gerais, onde atende consumidores divididos entre 774 municípios, além da notícia de mais 200 subestações de energia elétrica e investimentos em energia renovável, a Companhia já lançou um dos programas anunciado, que faz parte desses investimentos. Foi o Programa Minas Trifásico, lançado no início de abril, em Virgem da Lapa, no Vale do Jequitinhonha. A iniciativa vai receber recursos da ordem de R$ 1,8 bilhão e irá modificar milhares de km de rede nas áreas rurais do estado nos próximos cinco anos. Ao todo, os investimentos serão divididos em diversas áreas.

Para o projeto de transformação digital da Companhia, por exemplo, serão investidos R$ 5,7 bilhões, para que a Cemig Distribuição aprimore com a digitalização e modernização da rede. Para melhoria das redes de transmissão e nas usinas geradoras, serão investidos R$ 700 milhões no desenvolvimento de plataformas digitais e na infraestrutura de operações e processos.

Energia eólica e gás natural

Segundo a Cemig, outro objetivo em negócios inovadores será o investimento em energia fotovoltaica e eólica, com a construção de mais de 1GW de potência. Nesses segmentos, a Cemig Geração e Transmissão irá investir R$ 5,5 bilhões. No início de abril, a Cemig divulgou um novo edital de compra de projetos e empreendimentos de fontes eólica e solar, em que as inscrições devem ser feitas até o dia 14 de junho. 

Podem se inscrever interessados na venda de projetos e empreendimentos eólicos ou solares, podendo a venda estar associada a um contrato de venda de energia no mercado livre, com início de fornecimento a partir de 2025 e prazos de PPA (Power Purchase Agreement) de 10 ou 15 anos. Para participar do certame, os projetos e empreendimentos deverão ter capacidade instalada total de, no mínimo, 50 MW (megawatts) e devem possuir outorga emitida pela Aneel, sendo elegíveis ao desconto de 50% da TUSD/TUST, ou ter protocolado o pedido de outorga até o dia 28 de fevereiro deste ano.

Já sobre os investimentos programados para a comercialização de gás, a Gasmig, empresa do grupo Cemig irá ampliar sua área de atendimento e fornecimento de gás natural com o aporte de R$ 1,7 bilhões até 2027.

Mais 200 novas subestações

Dentro do programa de investimentos, a Cemig também anunciou o Programa Mais Energia. Essa inciativa prevê investimentos de R$ 5 bilhões para a construção de 200 novas subestações (SEs) em todo o estado, aumentando a capacidade de abastecimento para a população com o incremento de 50% sobre as atuais 413 subestações.

Conversão redes monofásicas em trifásicas

Um dos programas que a Cemig irá investir é o Minas Trifásico, o qual prevê até 2027, somando-se a conversão e a construção de novas linhas, a entrega de 30 mil quilômetros de redes trifásicas em todo o estado. Lançado em abril, o diretor-presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho, disse que, inicialmente, o Minas Trifásico vai focar nas áreas com maior número de clientes conectados e que hoje dispõe de redes monofásicas e também locais com maior demanda de solicitações de aumento de cargas: “Dessa forma, vamos eliminar gargalos existentes permitindo o florescimento do agronegócio, com maior disponibilidade de energia para irrigação, para modernização da produção de leite e para agregar maior valor na produção de café, dentre outros”, concluiu Passanezi.

Segundo a Cemig, o sistema de distribuição de energia rural da Companhia vai incorporar, por ano, 4,1 mil quilômetros de rede de média tensão, equivalente ao percurso em linha reta do Oiapoque ao Chuí, famosos pontos extremos do país. Apenas em 2022, serão investidos R$ 335 milhões na construção e conversão de 4,6 mil quilômetros de rede. 


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