Por que você escolheu essa profissão e área de atuação?
Quando jovem comecei a ter conhecimento sobre projetos sociais por meio da Casa das Madres e Padres de Seabra, na Bahia. Participava voluntariamente, fui me apaixonando e me identificando, até decidir que gostaria de ser Assistente Social.
Expectativas no trabalho
No ano passado estava trabalhando no CAPS e, frente à pandemia, todos os meus colegas de trabalho renunciaram, e eu assumi os projetos de minha cidade. Foi o momento em que tive a oportunidade de conhecer a ICSK com a chegada do projeto ETB 2 na Bahia. Tempos depois fui convidada a fazer parte deste time, e foi um grande desafio deixar de lado as políticas públicas e entrar ao setor de obras, um ambiente muito masculino. Deixei meu filho de 14 anos com minha bisavó e segui para o interior do Pará a fim de cumprir a minha missão profissional. Aqui, minha maior expectativa é contribuir no ambiente social e colocar em prática projetos que trabalhem o psicossocial, contribuindo com a empresa e a qualidade e saúde de todos os colaboradores e suas famílias.
Desafios superados na carreira
Estar longe de minha família, principalmente de meu filho, é um grande desafio. Não nego que tive medo, mas coloquei à prova minha capacidade, assumi a responsabilidade de trabalhar em uma grande multinacional, dar conta do trabalho, realizar entregas de qualidade e me adaptar a minha nova rotina.
Histórico de vida
Sempre vivi em uma cidade de poucos recursos, e tive que me mudar para Salvador para poder cursar a faculdade, e logo depois engravidei, era muito nova e a expectativa de meus pais para mim era outra. Foi sem dúvida o maior desafio que vivi como mulher, e encarei isso tudo sozinha, de cabeça erguida. Meu bebê nasceu e tive começo de depressão pós parto, tudo para mim era novidade, tudo me assombrava, mas em nenhum momento pensei em desistir do meu sonho de estudar, não tranquei nenhum semestre, dei o meu jeito e dei a volta por cima, sendo aluna exemplar e mãe dedicada, com certeza consegui isso tudo pela minha fé em Deus.
Preconceitos
Quando recebi o convite para trabalhar na ICSK, sofri preconceito de pessoas próximas, sobre se eu tinha certeza mesmo de querer trabalhar em obras, em locais de difícil acesso e longe da família. Contudo, nunca baixei a cabeça e decidi abraçar a oportunidade, tendo até terminado um relacionamento para poder me deslocar ao Pará e trabalhar.
Por que escolheu trabalhar em obras
Gosto muito de desafios e não gosto de me acomodar, já trabalhei com projetos diversos, e queria conhecer tudo o que a minha profissão podia me oferecer. Aceitar o desafio de fazer parte da ICSK foi como se eu pudesse quebrar todos os preconceitos e dificuldades e me inserir minha área dentro da empresa, mostrando a necessidade do assistente social.
Posso dizer que me sinto protegida quando estou no canteiro de obra, somos a minoria, então nós cuidamos uma das outras, somos parceiras, principalmente por estarmos em uma área tão isolada, é como se as pessoas se tornassem parte da minha família. Meus familiares, após superarem o medo de me ter longe e das dificuldades que eu poderia passar, hoje têm orgulho do que faço, me apoiam e ajudam a cuidar do meu filho.
Quem é a Cintia?
Eu me enxergo como uma mulher lutadora e corajosa, não tenho medo, sei correr atrás, buscar ajuda e me superar. É assim que me defino.
Cintia Lima poderia falar sobre a profissão e qual papel do assistente social em empresas de construção civil e qual e o foco ,mas detalhadamente.
Quais fontes usa ou obras .