Com avanços no Porto Sul e ferrovia Fiol I,BAMIN prevê investir mais de US$ 500 mi em 2024

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Dona de um dos maiores projetos de infraestrutura em andamento no país, o Projeto Pedra de Ferro, que integra mina, ferrovia e porto na Bahia, a BAMIN anunciou que deve investir mais de US$ 500 milhões de dólares no próximo ano. Com 62% das obras concluídas, a empresa responsável pelo novo corredor de integração e exportação para mineração, agronegócio e outras cargas, detalhou o status do mega projeto durante o Fórum Infra 2025, em setembro passado, quando a mineradora recebeu o Prêmio “Distinção da Engenharia de Infraestrutura” que a revista O Empreiteiro lançou para destacar os empreendimentos de infraestrutura relevantes pela repercussão sócio-econômica regional.

 A premiação é ainda um reconhecimento a contratantes públicos e privados que exercem papel crucial na gestão de obras de infraestrutura e construção industrial, e que são essenciais para sustentar a atividade econômica do País, bem como a qualidade de vida da população.

 Atualmente, a BAMIN é responsável pela implementação de uma extensa infraestrutura logística que é composta pela implantação da Mina Pedra de Ferro em Caetité – BA, onde irá produzir 26 milhões de toneladas/ano de minério de ferro (hematita e itabirito); a construção da Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol I), que é o trecho da ferrovia que vai ligar a mina ao porto ao longo de 537km, conectando Caetité a Ilhéus, concedida à mineradora em 2021; e, ainda, para completar, as obras do terminal multiuso no Porto Sul, localizado em Ilhéus, já em construção, com capacidade de manusear até 40 milhões de toneladas de cargas na primeira fase, e acomodar embarcações de 60 a 250 mil toneladas. “Nosso projeto é transformador, vai trazer muito desenvolvimento para a Bahia, ligando o Oeste do Estado ao porto em Ilhéus.

 O corredor vai passar por região agrícola e também iremos transportar o minério de ferro da Bamin, além de outros potenciais produtores que vão gerar outras cargas. Já investimos mais de 20 bilhões de reais e vamos investir mais de 500 milhões de dólares somente em 2024. Nós queremos colocar a Bahia como o terceiro maior produtor de minério de ferro do Brasil”, destacou Alberto Vieira, diretor de Projetos e Implantação da BAMIN – Bahia Mineração.

“Licitamos o trecho da ferrovia de Jequié a Ilhéus no ano passado. Hoje, já temos R$ 1.100.000.000 (um bilhão e cem milhões de reais) de contratos sendo executados pelo Consórcio TCR10, formado pela empresa brasileira Tiisa e pela chinesa CREC-10, que está realizando os trabalhos”, complementou. “O Projeto Pedra de Ferro, no pico, vai trazer 15 mil empregos. Hoje, já estamos com quase 2 mil pessoas trabalhando, entre terceiros e diretos, e também já estamos exportando minério de ferro. Temos 78% da mão-de-obra local”, ressalta Vieira.

CORREDOR LOGÍSTICO GERA CAPACITAÇÃO E EMPREGO NA BAHIA

Também em entrevista à Revista O Empreiteiro, Felipe Heiderik, diretor de Suprimentos da BAMIN, destacou a atuação da empresa que lançou um programa voltado para qualificar fornecedores e trabalhadores na Bahia.

“Uma das nossas grandes preocupações era desenvolver o mercado local. Então, contratamos o Instituto Euvaldo Lodi (IEL-BA) para implementar a qualificação de pequenos e médios fornecedores das cidades que receberão as obras do primeiro lote da Ferrovia de Integração Oeste Leste (Fiol I). Assim, poderemos habilitar os fornecedores locais para que eles se tornassem aptos para fornecer, tanto para nossas contratadas, quanto para a própria BAMIN, ou para outras empresas em outras cidades, e assim fomentar a economia na região”, enfatizou Heiderik. Segundo êle, o programa de qualificação da BAMIN possui cerca de 100 fornecedores locais, e 50% das compras da empresa são efetuados somente com empreendedores da Bahia. Sobre as expectativas para 2024, o diretor Alberto Vieira é otimista: “O próximo ano será decisivo, pois iremos iniciar as obras on shore e off shore do Porto Sul, onde já preparamos os canteiros nesse ano de 2023 para isso. Vamos também começar os lotes 2, 3 e 4 da FIOL e iremos iniciar as estruturas pesadas na mina em Caetité. Portanto, estamos muito otimistas com o avanço desse corredor logístico na Bahia”, afirmou.


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