Na PCH Sete Quedas-MT (22 megawatts), no seu circuito de geração hidráulica, especificamente em seu conduto forçado, foi foco do estudo de substituição da tubulação preliminarmente projetada em chapas de aço carbono para tubos de PRFV ( Poliéster Reforçado com Fibra de Vidro) fabricadas através do sistema Flowtite.
Na fabricação destes tubos são utilizadas três matérias primas básicas: a fibra de vidro, resinas sintéticas e sílica, que podem variar na quantidade e disposição dependendo da aplicação da tubulação.
As principais características que levaram a adoção deste produto são o baixo custo de aquisição e transporte, cerca de 1/3 do valor da tubulação em aço carbono, e as características técnicas como baixo peso e rugosidade e vida útil prolongada.
Neste caso, a aplicação de deu em 1.650,00 m de conduto forçado que variaram em barras de 9 a 12 m de comprimentos, com classes de pressões nominais de 4 , 10 e 16 kgf/cm2, e rigidez SN 2500 N/m2, divididas em dois diâmetros, 2,90 m e 3,00 m, o que proporcionou a economia de 50% no transporte destes tubos da fábrica no interior de São Paulo para o site da obra, uma vez que eram embutidos um dentro do outro, perfazendo uma carga de aproximadamente 16,0 t.
Dispostos de maneira a conduzir a água em 157,00 m de altura, a partir da tomada d’água de alta pressão até as unidades geradoras, foram divididos em subtrechos unidos entre si através de 5 conexões que promoviam os ângulos verticais e horizontais. Estas últimas eram envolvidas por blocos de ancoragem e peças menores de 2,0 m a 4,0 m de comprimento, fazendo com que na operação, quando submetidas a rejeições de carga e golpes de aríete, comportassem como um sistema semi-flexível. As rampas de assentamento variaram a uma inclinação de até 18 graus.
Sua montagem se deu com auxílio de caminhões guindastes, caminhões prancha e guindastes hidráulicos. A aplicação foi feita em valas escavadas em solo e rocha arenítica, e o leito preparado com sistema de drenagem adequado. Após a verificação de cotas e alinhamento do tubo depositado na vala, procedia-se a união do tubo subsequente com auxílio de talhas de 4,0 t. Após novo controle geométrico, iniciava a compactação com material arenoso granular, isentas de pedras acima de 1”, e de maneira equivalente nas duas laterais do tubo a fim de evitar o deslocamento. Materiais do tipo pó de pedra ou solos A-1, A-3, A-2-4 ou A-4, da tabela AASHTO, são mais indicados para o reaterro e , neste caso, a um recobrimento em torno de 1,5 m. (Tabela abaixo)
O controle de compactação é requerido para se ter segurança na execução do serviço. Após a verificação dos limites no sistema de montagem, alinhamento, distância de conexão e deflexão angulares nas cintas de união, é liberada a montagem da próxima peça. Por último, foi utilizado uma junta tipo Dresser para o acoplamento com o conduto metálico para os bifurcadores até as 3 unidades geradoras.
Testes de pressão nas juntas de união são executados com um anel especial onde a junta é submetida a uma pressão de 4,0 Kgf/cm2 para a verificação de vedação.
Em operação desde dezembro de 2010, a tubulação demonstra uma boa performance sem a apresentação de anomalias. Tubos com este diâmetro e classe de pressão foram utilizados pela primeira vez no Brasil em empreendimentos desta natureza.
Tipo de material de reaterro
CATEGORIA DE RESISTÊNCIA DO SOLO |
CLASSIFICAÇÃO UNIFICADA DE SOLOS
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AMERICAN ASSOCIATION OF STATE HIGHWAY ANDA TRANSPORTATION OFFICIAIS (AASHTO)
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SC1 |
Pó de pedra:
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SC2 |
Solo granulares limpos de grão grosso:
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A1, A3
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SC3 |
Solo granulares finos: Solos finos arenosos: |
A-2-4, A-2-5, A-2-6, or A-4 ou A-6 solos com mais de 30% retido na peneira 200
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SC4 |
CL, ML, (or CL-L, CLML, CL/ML, ML/CL) com 30% ou menos retido na peneira 200
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A-2-7, or A-4 or A-6 solos com 30% ou menos retido na peneira 200
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SC5 |
Solos orgânicos a altamente plásticos:
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A5, A7
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Fonte: Estadão