Contratante solicita projeto executivo de edificação em BIM

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O que era iniciativa somente do mercado de construção civil  agora é também de quem contrata o serviço

Augusto Diniz

Para a construção do complexo de gerenciamento da unidade de exploração e produção de gás e petróleo na Bacia de Santos, a Petrobras solicitou em contrato a entrega do projeto executivo em plataforma BIM (Building Information Modeling). Trata-se de uma mudança de paradigma. Antes, as empresas de arquitetura e engenharia é que ofereciam a solução às empresas-clientes visando à economia de recursos e tempo, simulação de cronograma e aprovação mais rápida entre os envolvidos em uma obra civil. No máximo, a contratante solicitava o projeto conceitual básico em 3D para visualização.

A Petrobras alega que a medida foi aplicada devido aos bons resultados alcançados pela tecnologia em projetos industriais, a complexidade do empreendimento em Santos, e a necessidade de melhorar a comunicação interdisciplinar e a qualidade do projeto. O projeto executivo em BIM para a estatal — sob coordenação do escritório Contier Arquitetura — envolve as disciplinas de arquitetura, estruturas, instalações prediais e fundações.

“A principal vantagem é a confiabilidade das informações e a alteração on line dos documentos à medida que se modifica o modelo”, afirma Luiz Augusto Contier, arquiteto titular da Contier. “A Petrobras com seu enorme prestígio e poder de contratação, mobiliza e estimula novos fornecedores a migrarem para a nova plataforma. Isso é ótimo para o mercado como um todo”, complementa.

Para Acir Marteleto, country manager da Autodesk no Brasil, empresa de tecnologia que está fornecendo as soluções em BIM para a empresa responsável pelo projeto executivo da estatal em Santos (SP), de fato, trata-se de um novo cenário na área de construção. 

“Os benefícios visuais são muitos. Pode-se aplicar certificações e padrões diversos, fazer análise de eficiência. A linha tem muita inteligência”, avalia o executivo.

De acordo com Contier, os clientes, no passado, não estavam interessados em tirar muito proveito do potencial de informações que o modelo tem.

“Nessa época, a vantagem era apenas do escritório de arquitetura que poupava retrabalho, oferecia confiabilidade e consistência de informações. O cliente recebia o documento impresso e nem se dava conta da plataforma em que foi produzido”, explica o arquiteto.

Porém, prevê-se alguns desafios com o uso da tecnologia nesse estágio, como a mudança do fluxo de trabalho, maior treinamento dos usuários e possíveis incompatibilidades de softwares.

O próximo passo da Tecnologia da Informação na engenharia será a integração das etapas de construção – portanto, indo além do projeto básico e executivo. “A plataforma BIM integraria a indústria da cadeia da construção, com softwares de simulação das diversas etapas de uma obra”, explica Marteleto. Posteriormente, as simulações seriam confrontadas com o trabalho realizado, por meio de escaneamento terrestre. A prática já está se tornando realidade nos Estados Unidos. 

A modelagem BIM já era utilizada na Petrobras em projetos offshore, como a construção de plataformas, e plantas industriais.

NOVA SEDE DA PETROBRAS

A sede da Petrobras em Santos (SP) ocupará uma área de 75 mil m² no Largo Marquês de Monte Alegre, no centro histórico da cidade. Com três torres, a estimativa é que a primeira torre do empreendimento, com 13 andares, seja entregue até o final de 2013, abrigando 2.200 funcionários. O desmonte dos armazéns existentes no local, preparação do canteiro de obras, terraplanagem e início das fundações são as iniciativas em progresso atualmente no local.

A primeira torre terá 25.000 m² – as outras duas serão construídas de acordo com a demanda e poderão abrigar cerca de 4.000 pessoas. O complexo envolve ainda a construção de estacionamento (1.500 vagas), bicicletário, setor de atendimento médico, praça de alimentação (2 restaurantes), laboratório, auditório (300 lugares), centro de treinamento, lojas e áreas de integração. No pico da obra, 1.200 operários estarão envolvidos. O investimento é de R$ 380 milhões para a primeira fase (aquisição da área, projeto arquitetônico e executivo, infraestrutura local e construção da primeira torre). O empreendimento seguirá os critérios da certificação Leed (Leadership in Energy and Environmental Design).

O projeto da nova sede da Petrobras é do arquiteto de Ruy Rezende. As obras estão a cargo da Construcap.

Locadora investe em infraestrutura de TI

A Geradora Aluguel de Máquinas, empresa de locação de equipamentos, como geradores de energia, torres de iluminação, compressores de ar, plataformas aéreas, manipuladores telescópicos e ferramentas leves, investiu cerca de R$ 550 mil em uma plataforma centralizada de infraestrutura de TI, que contemplou a implantação de terminais thin clients da Wyse Technology, além de consolidação de servidores, armazenamento de dados (storage) e serviços de consultoria.

O projeto prevê a substituição de 450 desktops convencionais por thin clients Wyse Technology nas 18 unidades da empresa em todo Brasil. Antes da implantação, a Geradora possuía um parque computacional defasado, composto por desktops antigos e heterogêneos, que apresentavam problemas constantes de hardware e de desempenho. O uso de thin client segue tendência de mercado de terminais mais compactos e hadwares enxutos, com aplicações instaladas em servidor central e disponíveis em rede aos usuários, além de versões simplificadas de sistemas operacionais nos terminais. 


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