A Copasa, empresa de saneamento do Estado de Minas Gerais, quer expandir, nos próximos anos, a prestação de serviços nas sedes urbanas de municípios com populações superiores a 15 mil habitantes. No conjunto das 853 cidades mineiras analisadas, eles representam 80% da população total do estado ou 159 municípios, dos quais 57 já são atendidos pela empresa.
A ampliação do atendimento busca a universalização dos serviços de saneamento em Minas Gerais. Em 2007, a empresa investiu recursos da ordem de R$ 838 milhões. Das obras realizadas no período destacam-se as de ampliação e implantação de sistemas de abastecimento de água e/ou esgotamento sanitário em municípios das bacias dos rios das Velhas e Verde Grande, afluentes do Rio São Francisco e nas regiões dos Vales do Jequitinhonha, Doce, Mucuri, São Mateus e no Norte do estado.
Salientam-se, dentre estas obras, a ampliação do sistema produtor do Rio das Velhas na Região Metropolitana de Belo Horizonte, do sistema de esgotamento sanitário de Montes Claros e de Ipatinga, e a ampliação do tratamento secundário da estação do Ribeirão do Onça (ETE Onça).
Em relação à água tratada, a empresa atingiu o índice de 97,8% da população urbana atendida nas localidades em que atua, correspondendo a 12 milhões de pessoas. Os investimentos nos sistemas de abastecimento de água, em 2007, totalizaram R$ 368 milhões.
Tal aporte de recursos possibilitou, segundo a empresa, a implantação de 1.139 km de novas redes de distribuição (aumento de 3,5%), perfazendo quase 40 mil km de rede. Houve o incremento de 138 mil ligações faturadas e o volume de água faturado cresceu 2,4%, comparativamente ao ano anterior.
Os sistemas de coleta e tratamento de esgoto receberam a aplicação de R$ 433 milhões, o que, segundo a empresa, beneficiou 6,2 milhões de habitantes ou 81% da população urbana das localidades em que a empresa está presente. A rede coletora foi ampliada em 660 km, totalizando mais de 13 mil km (aumento de 5,2% em relação ao exercício anterior). Foram feitas mais 127 mil ligações (9,1% em relação a 2006) e o volume faturado aumentou 4,6% no ano.
No último exercício, a Copasa obteve receita operacional líquida de R$ 1,9 bilhão, com lucro de R$ 329,3 milhões (líquido). Com isso, segue no caminho do crescimento sustentado.
Em 2007, a administração da companhia declarou juros sobre o capital próprio imputados aos dividendos mínimos obrigatórios aos acionistas no valor total de R$ 79,2 milhões, ou R$ 0,69 por ação, e cujo pagamento foi realizado pela empresa em maio último.
Qualidade da água e proteção ambiental. A Copasa mantém, em todo o estado, 30 laboratórios que realizam, mensalmente, mais de 1 milhão de análises da água distribuída à população. Durante a distribuição, são coletadas amostras e feitas análises para certificar que o produto que está chegando às casas mantém, sempre, o mesmo padrão, com o objetivo de atender exigências da Portaria 518, do Ministério da Saúde, que dita as normas para o tratamento e controle da qualidade da água.
No que diz respeito à preservação ambiental, a Copasa destaca o Sistema Integrado de Proteção dos Mananciais (Sipam). Criado em 1989, esse programa tem como objetivo promover a compatibilidade entre as atividades desenvolvidas nas bacias hidrográficas, a demanda do abastecimento público de água e a preservação do meio ambiente, por meio de diversas ações de conscientização e mobilização das comunidades, tais como plantio de mata ciliar, proteção de nascentes, uso racional de insumos, prevenção de incêndios e educação ambiental. O Sipam tem a parceria de vários segmentos sociais e
entidades, principalmente Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Instituto Estadual de Florestas (IEF), Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e comunidade.
As reservas preservadas em torno dos mananciais, sob responsabilidade da empresa, correspondem a 25 mil ha, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na região de Montes Claros/Juramento, no Vale do Jequitinhonha nas proximidades de Diamantina e em
Pedra Azul e Medina.
Fonte: Estadão