A Companhia Siderúrgica Paulista (Cosipa) é a primeira da lista das cem maiores empresas emissoras de gases geradores de efeito estufa do Estado de São Paulo, divulgada nesta quarta-feira (23) pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente.
O levantamento foi apresentado pelo secretário Francisco Graziano Neto, durante reunião do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), na sede da secretaria em São Paulo.
A siderúrgica é responsável pela emissão de 6,35 milhões de toneladas de CO2 (dióxido de carbono de origem fóssil) por ano. As refinarias Replan, Revap e RPBC, do grupo Petrobras, aparecem na sequência. A Replan, que produz diversos derivados do petróleo, emite, segundo dados da secretaria, 3,12 milhões toneladas de CO2 por ano.
A Petroquímica União (PqU) é a quinta colocada com 1,46 milhão de toneladas do gás por ano. As primeiras oito colocadas no ranking respondem por 18,26 milhões de toneladas por ano, ou 63 por cento do total.
Procurada pela Reuters, a Cosipa informou que deve divulgar uma nota ainda nesta quarta-feira.
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A Petrobras afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, “que a empresa ainda não tomou conhecimento de todas as informações contidas no relatório e vai se pronunciar assim que possível”. E a PqU não quis se pronunciar imediatamente.
Para realização do levantamento foram selecionadas 371 empresas com maior potencial de emissão do gás. Destas 329 responderam voluntariamente a uma avaliação aplicada pela secretaria a partir de critérios do Intergovernamental Panel on Climate Change (IPCC), considerando o consumo de combustível e a produção industrial informados pela empresa.
A proposta de realização do inventário surgiu por sugestão do ex-secretário de Meio Ambiente, José Goldemberg.
“A lista não é um instrumento de punição, mas dá condições de engajar a Cetesb em negociações com esses emissores para acordos voluntários”, disse Goldemberg nesta manhã.
Nelson Reis, representante da Federação da Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), declarou que o setor tem sido proativo na questão das mudanças climáticas.
“O fornecimento voluntário das informações é uma mostra da transparência que a indústria trata do tema”, disse.
Segundo Graziano, o investimento em eficiência energética e em novos processos de tecnologia de produção são caminhos que as indústrias deverão começar a seguir para reduzir as emissões.
“Imagino que no setor empresarial, ninguém mais duvida de que essa é a agenda”, disse. “Na competição global, é fazer ou fazer. Na Europa, o consumidor já escolhe o carro considerando a emissão de CO2.”
O CO2, muito confundido com o CO (monóxido de carbono), não é considerado um poluente. Seus efeitos estão relacionados ao aquecimento global. A indústria é responsável por um terço da emissão do gás. Os outros dois terços têm origem em setores como comércio, transporte, energia, em aterros sanitários e domicílios.
Segundo Marcelo Minelli, diretor de engenharia, tecnologia e qualidade ambiental da Secretaria de Meio Ambiente, está sendo produzido um levantamento para identificar os maiores emissores nos outros setores, que deve levar de dez a 12 meses para ser concluído.
Fonte: Estadão