Credibilidade garante crescimento contínuo e estável

Investir no alto nível de qualificação do seu corpo técnico; consolidar uma carteira de clientes fiéis, através da qualidade do serviço prestado e do rígido cumprimento de prazos – o que assegura recomendações para novas contratações; evitar as grandes obras públicas, com elevadas margens de risco, tendo como meta o crescimento em curto prazo; e investir pesado nas mais modernas técnicas construtivas e gerenciais.

Receita do sucesso da Serpal Engenharia, certamente conta com esses componentes. De acordo com Emílio Carlos Medauar, diretor da empresa, graças a esse conjunto de fatores, aliados ao acompanhamento às potencialidades de crescimento do mercado, a Serpal vem mantendo, ao longo de nada menos que 34 anos de atividades, um lucro líquido médio de 3,5% ao ano. “Poucas empresas de construção pesada sobrevivem ativas por tanto tempo, no Brasil. E menos ainda mantendo este resultado médio”, comenta o executivo.

Na sua opinião, mais do que saúde financeira, a Serpal conseguiu assegurar uma boa credibilidade, resultado de forte atuação principalmente nos setores de construção industrial, comercial e hospitalar.

No setor industrial, a Serpal exibe um expressivo currículo, com obras executadas para grandes clientes – algumas das quais em regime de turn-key, assumindo a execução de todas as fases do processo de engenharia/construção – nos segmentos de alimentação, indústria química, farmacêutica, papel e celulose e siderurgia, entre outras. Já no setor comercial, a Serpal tem se destacado na construção de shoppings centers, salas de cinema e prédios de escritórios. “Uma das características da nossa atuação é o seu foco nas obras privadas.

Entendemos que construtora que trabalha preferencialmente com obras públicas não tem cliente. Seu diferencial é acima de tudo o preço. Já as construtoras que têm foco nos empreendimentos privados ganham mercado por recomendação de clientes satisfeitos com contratos anteriores.

Se nós fazemos uma obra para uma indústria farmacêutica, por exemplo, e ela fica satisfeita com nossos custos, qualidade, cumprimento de prazos, etc., na próxima obra desta indústria seguramente teremos a preferência. Mesmo quando se trata de uma indústria concorrente, eu terei uma recomendação pelo trabalho anteriormente executado. Por outro lado, se trabalhamos mal, essa fama se espalha rapidamente”, explica Medauar. Outra característica de empresa, segundo o executivo, é programar cada ação, de forma realista, considerando acima de tudo a capacidade de crescimento do mercado.

E sem se lançar em grandes aventuras. “Grandes aventuras frequentemente levam a grandes quedas e prejuízos. E os piores prejuízos são os morais”, assegura. Entre as obras que considera mais representativas da trajetória da Serpal, o executivo destaca, na área farmacêutica, a planta construída para a Altana Farma, em Jaguariúna, interior de São Paulo, com 37 mil m2, entregue em 2002.

Na área de papel e celulose, ele cita o projeto P.2000, da VCP – Votorantim Celulose e Papel, em Jacareí (SP), uma obra que totalizou 70 mil m3 de concreto, entregue em 2003. Outro empreendimento importante, citado por Medauar, é o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Souza Cruz em Cachoeirinha (RS), dividido em duas etapas, somando 85 mil m2 de área construída.

Nesse empreendimento, além da construção civil, a Serpal respondeu pelas instalações elétricas e hidráulicas dos novos prédios e coordenou a instalação do ar-condicionado. Hoje a Serpal emprega cerca de 1.200 funcionários, gera outros 1.000 empregos indiretos e possui sede própria em São Paulo, em área total de 1 mil m2.

Entre os principais clientes da construtora figuram a Klabin, Suzano Papel e Celulose, Souza Cruz, Nestlé, Cenibra, Renault, Eurofarma e VCP – Votorantim Celulose e Papel, entre outros. Em 2006, o volume de obras da empresa resultou em receita superior a R$ 200 milhões, valor que deverá se repetir este ano.

“Não estamos preocupados em trabalhar com margens de lucro grandes. Preferimos um crescimento contínuo e estável”, revela Medauar.
Fonte: Estadão

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