Crise, oportunidades e ação

Augusto Guimarães Pedreira de Freitas*

Crise e oportunidades andam lado a lado! Sempre escutamos isso de palestrantes e grandes empreendedores. Ouvimos, concordamos, mas, muitas vezes, não agimos.

Acabamos de passar por um ciclo de grande crescimento que, de forma muito desordenada, prejudicou sobremaneira a imagem da engenharia nacional. A engenharia de estruturas não ficou atrás. Desde o desenvolvimento do projeto à execução e manutenção das estruturas, é nítida a perda de qualidade (com patologias), de durabilidade e, infelizmente, de vidas.

Hoje vivemos um momento em que poucos projetos são viabilizados, em função de custos elevados e um mercado extremamente retraído. A viabilização de novos empreendimentos depende, necessariamente, de exercitarmos a Engenharia.

Se por um lado é uma fase em que temos pouco trabalho; por outro, temos tempo para novos desenvolvimentos, novas tecnologias e estruturas, que, pelo mesmo motivo, poderão ser mais bem executadas.

Da crise à oportunidade! Seria simples, se não tivéssemos que remunerar este trabalho maior com menos recursos, pois o mercado pede esta redução de custos.

Não é simples, mas é possível, e precisamos nos movimentar neste sentido. Investir em treinamento, em processos e em pessoal qualificado.

A Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (Abece) tem promovido, mesmo com pouquíssimo patrocínio, diversos eventos e cursos procurando fornecer ao mercado a oportunidade de se desenvolver.

Tem ainda estudado as normas pertinentes e possíveis incoerências com outras normas e o atual estado da arte. Isto tem gerado aberturas de revisões, propostas de emendas e instalação de comitês para normalizar novos sistemas (alguns não tão novos). Com isso, ajudamos na melhoria dos processos, deixando os procedimentos mais claros.

A outra maneira de ajudar no processo para obtermos maior produtividade é estreitar e regularizar as interfaces nos sistemas. Estamos alinhando conceitos com as associações de fundação e de construção, de forma a termos mais clareza na transferência de dados e maior entendimento das informações transferidas. Com isso, perderemos menos tempo com esclarecimentos.

Decidimos agir, mesmo que com poucos recursos, a ficar se lamentando e é isto que temos passado de mensagem para nossos associados.

Não adianta ficar esperando que o governo acerte e resolva esta crise na próxima segunda-feira. Precisamos assimilá-la e, uma vez assimilada, busquemos nossas oportunidades e mãos à obra!

*Augusto Guimarães Pedreira de Freitas é presidente da Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (Abece)

Fonte: Redação OE

2 thoughts on “Crise, oportunidades e ação

  1. Sou operador de máquinas ( sid boom)
    E gostaria de ter oportunidade de trabalhar na empresa. Ja trabalhei em diversas obra no Brasil com operadores que trabalharem com vcs no Chile e em outras países. Por esse motivo desejo ter uma oportunidade.

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