CVRD investe forte no binômio ferrovia/portos

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Em 2006, a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) investiu cerca de US$ 482 milhões na sua infra-estrutura de serviços de logística. Os recursos englobaram principalmente a compra de locomotivas e vagões para o transporte de minério de ferro e carga geral. Foram adquiridos 1.426 vagões, sendo 1.276 para a movimentação de minério de ferro e 150 para a carga geral de clientes. Para aumentar a capacidade de tração, a holding adquiriu 22 locomotivas, que foram empenhadas no transporte de minério de ferro. Em 2005, a Companhia adquiriu 5.414 vagões e 125 locomotivas. A seguir, as metas de investimentos da companhia, em logística, nos próximos anos. Capacitar a Estrada de Ferro Carajás (EFC) para transportar 130 milhões t até 2009. Com esse objetivo, a Vale programa investir US$ 337 milhões em 2007, na ferrovia e no terminal marítimo de Ponta da Madeira (TMPM). Nos últimos três anos, a soma dos desembolsos realizados pela empresa, na melhoria da estrada de ferro, foi de US$ 563,3 milhões. As principais medidas a serem adotadas serão a construção e o alongamento de pátios de cruzamento e investimentos nos sistemas de sinalização e licenciamento dos trens, de forma a permitir o aumento do trem-tipo. Só no alongamento e construção dos pátios de cruzamento, deverão ser aplicado R$ 498 milhões, no período de 2006-2008. Eles são prolongados, em média, em mais 1,5 mil m de extensão, dentro da faixa de domínio da ferrovia. Como a EFC possui linha singela, os pátios funcionam como desvios, permitindo que um trem siga sua rota enquanto outro é desviado para o pátio, liberando a passagem para a composição que vem no sentido contrário. Em 2006 foram ampliados sete pátios de cruzamento. Até o final de 2007 ficarão prontas mais 23 ampliações. O processo de expansão de todos os 56 pátios deve ser concluído até início do próximo ano. Os investimentos acontecerão também no material rodante. Além da aquisição de mais vagões, a Vale dotou todas as suas locomotivas do sistema remoto Locotrol, que equaliza e distribui a tração das diversas locomotivas ao longo da composição. Da primeira máquina do comboio, o maquinista controla com exatidão e sincronizadamente a força de tração ou de freio empregada nas diversas máquinas. O sistema permite economia de combustível, diminuição da distância de frenagem e alívio do freio pneumático, movido a ar. De 2005 a 2008 os investimentos previstos nesta área são de R$ 40,3 milhões. Os testes de trem com 312 vagões foram iniciados no final de 2006. Em fevereiro deste ano, a CVRD testou trens de 340 vagões vazios, aprovando o sistema. Mesmo assim, inicialmente o trem-tipo que se pretende usar em Carajás em 2007 será de 312 vagões. A EFC possui 8.599 vagões e 139 locomotivas.

US$ 65 MILHÕES PARA O SISTEMA TUBARÃO/EFVM

A Companhia Vale do Rio Doce terá de investir US$ 288 milhões no sistema de logística composto pela Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) e pelo Porto de Tubarão, para aumentar a capacidade instalada. Ao longo de 2007, no entanto, são destinados a esses projetos cerca de US$ 65 milhões. Está prevista a ampliação dos sistemas de correia transportadora e das máquinas de pátio e construção de novos pátios de estocagem. Tais investimentos permitirão adicionar 10 milhões t à capacidade de movimentação do porto. Além disso, a mineradora está investindo na construção de uma linha de 165 km de ferrovia, entre as cidades de Flexal, nas proximidades de Vitória, passando pelo Porto de Ubu, e Cachoeiro do Itapemirim, no Espírito Santo. O novo ramal substituirá a linha existente entre Argolas, em Vila Velha, e Cachoeiro de Itapemirim, fazendo a ligação da Ponta de Ubu (onde está localizada a usina de pelotização da Samarco, associada da Vale) com a malha da FCA. O projeto do ramal está avaliado em cerca de R$ 684 milhões e deverá ter capacidade de 30 t de carga por eixo. Terá dormentes de concreto ou aço; trilhos TR 68; raio mínimo de curva de 312 m; rampa máxima de l,2 % e pátios de cruzamento a cada 20 km. Em 2006, os desembolsos para este projeto somaram cerca de R$ 40 milhões. Em fevereiro deste ano, a Vitória a Minas começou o processo de modernização do sistema de sinalização. A operadora encomendou um estudo sobre o que a sinalização atual pode representar de ganho operacional e até quando. O sistema foi projetado para um volume de 120 milhões t/ano. Hoje, a ferrovia trabalha com capacidade de 136 milhões t/ano.

Fonte: Estadão


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