Será assinado hoje (16) um protocolo de cooperação técnica e financeira, entre a diretoria de Infraestrutura Aquaviária do Dnit, a Secretaria de Infraestrutura do Rio Grande do Sul (Seinfra/RS) e a Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH/RS), que visa a modernização da hidrovia Uruguai-Brasil, em seus aspectos técnicos de dragagem, sinalização, balizamento e instrumentação. Estas ações serão desenvolvidas conjuntamente entre a Administração de Hidrovias do Sul – AHSUL e a SPH/RS.
O projeto, que conta com um investimento total de R$ 270 milhões, pretende desenvolver o tráfego hidroviário local, passando de 6 milhões de toneladas ao ano para 17,5 milhões em um prazo de cinco anos, já tendo um investimento inicial de R$ 34 milhões.
Entre as ações previstas, estão a recuperação do parque de dragagem da SPH; a dragagem, sinalização e balizamento dos rios Jacuí, Taquari, Gravataí, Sinos, Caí, lago Guaíba, lagoa dos Patos, Lagoa Mirim, Rio Jaguarão; acessos aos futuros terminais portuários de Guaíba, Tapes, Palmares do Sul e outros portos hidroviários que o estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental (EVTEA), a ser licitado até março de 2012, apontar como necessário.
Atualmente a hidrovia é utilizada parcialmente devido, principalmente, a falta de condições de navegabilidade noturna. Esta condição será saneada graças a parceria entre os governos Federal e Estadual, concretizando mais uma ação do PAC.
Também serão construídos terminais de contêineres em Estrela, Porto Alegre e Rio Grande, dedicados a navegação interior, criando assim mais uma moderna modalidade de transporte de cargas no Rio Grande do Sul.
A plena utilização da hidrovia pretende modificar o transporte de cargas no Estado. As cargas de menor volume irão utilizar o meio rodoviário para transportes de curtas distâncias, do produtor, indústria ou agronegócio até o porto; e as cargas de maior volume, serão conduzidas por barcos, navios e trens, em longas distâncias. Tais modificações irão proporcionar maior rentabilidade de frete, o que aumentará consideravelmente a competitividade dos produtos gaúchos nos mercados nacional e internacional.
Entre outros benefícios indiretos, de impacto e a curto prazo, estão a redução de acidentes nas estradas devido à redução do trânsito de caminhões nas longas distâncias, a diminuição de emissão de poluentes na atmosfera e a melhor conservação das rodovias. Aliado a isto, a geração de empregos em estaleiros, portos e embarcações e a melhor formação educacional dirigida à técnica naval e portuária trarão inúmeros benefícios para a população do Rio Grande do Sul.