Drones já sobrevoam canteiros de obras

Drones já sobrevoam canteiros de obras

Em um ou dois anos, companhias nos Estados Unidos poderão substituir técnicos por drones nas atividades de acompanhamento e inspeção de obras, segundo analistas especializados em novas tecnologias. Embora veículos aéreos não tripulados já existam no mercado, a indústria da construção aguarda regulação das autoridades para este tipo de equipamento – o assunto já está sendo discutido no Congresso norte-americano.

Analistas avaliam que a medida poderá mudar a forma com que o setor desenvolve projetos e documenta suas obras. A indústria da construção é uma das que poderá ter maiores benefícios com a chegada dos drones ao mercado. Mas com um espaço aéreo bastante congestionado, os veículos aéreos não tripulados poderão ter fortes restrições de uso nos Estados Unidos.

Arcadis adquire a Hyder Consulting por US$ 476 milhões

A gigante holandesa Arcadis adquiriu a inglesa Hyder Consulting depois que a japonesa Koei desistiu do negócio. Em agosto, a empresa do Japão tinha feito uma oferta para adquirir a firma da Inglaterra por US$ 435 milhões, mas neste mês (setembro) retirou a proposta depois que a Arcadis subiu o valor de compra da Hyder para US$ 476 milhões – o preço é US$ 65 milhões acima do valor oferecido em julho pela própria empresa de consultoria, que também opera no Brasil.

A Koei lamentou o vai e vem no processo de venda da Hyder e reiterou que a firma “mantém a visão estratégica de tornar-se uma empresa de consultoria global top”, e que continuará a buscar parceiros para atingir suas metas.

A Hyder emprega cerca de 4 mil colaboradores com vendas de serviços que giram em torno de US$ 500 milhões. Metade dos negócios da firma é em infraestrutura de transporte.

A Arcadis também caminha para adquirir a norte-americana Callison, escritório global de arquitetura e projetos, que faturou ano passado US$ 160,9 milhões, sendo US$ 88 milhões fora dos Estados Unidos. A aquisição visa a ampliar a sua posição no mercado chinês. A Arcadis faturou em 2013 US$ 3,3 bilhões, sendo US$ 2,9 bilhões no exterior.

Nevada terá megafábrica de baterias elétricas da Tesla

O Estado de Nevada será a sede da megafábrica que a Tesla Motors construirá nos Estados Unidos. A montadora de veículos elétricos do Vale do Silício, na Califórnia, irá erguer uma unidade industrial de baterias de íons de lítio no valor de US$ 5 bilhões.

A empresa espera com a fábrica diminuir em 30% o preço da bateria de íons de lítio que movimenta seus veículos elétricos — talvez o componente de maior custo. A Tesla afirma que a nova unidade permitirá aumento da produção, gerando economia de escala a médio prazo à montadora.

Ano passado, a Tesla produziu 22,4 mil veículos. A empresa, com 11 anos de existência, tem 6 mil empregados e soma US$ 2 bilhões em faturamento.

A nova planta deverá entrar em produção em 2017, com capacidade de produzir anualmente, a partir de 2020, 35 GWh em energia por meio de baterias – o suficiente para atender 500 mil veículos/ano da Tesla. A marca é símbolo do automóvel elétrico no mercado global.

O governo de Nevada ofereceu US$ 1,25 bilhão em isenção de impostos nos próximos 20 anos para ter a megafábrica, superando os estados do Texas, Novo México, Califórnia e Arizona.

A construtor  Yates foi contratada para executar as obras da unidade industrial. Os trabalhos no local estão em andamento e a subcontratada Reno realiza a terraplenagem. São esperados 3 mil operários na construção quando alcançar o pico. A previsão de término é 2016.

EUA estudam mais investimentos privados em infraestrutura

O governo norte-americano informou que discutiu com o setor privado caminhos para ampliar investimentos em rodovias, pontes e outros segmentos de infraestrutura.

O encontro reuniu investidores em infraestrutura, que alegaram existir escassez de financiamento para o setor e, ao mesmo tempo, imensas necessidades de obras na área. Por conta da pressão, o governo resolveu anunciar liberação de recursos para projetos específicos.

O Ministério dos Transportes, por exemplo, aprovou US$ 950 milhões para um projeto em regime de Parceria Público-Privada (PPP) na Rodovia Interestadual 4, na Flórida. Já o DOT (similar ao DER no Brasil) da Pensilvânia alocou US$ 1,2 bilhão em recursos para um programa ambicioso de reforma de 600 pontes em 42 meses em regime de PPPs. O Ministério de Agricultura, pelo seu lado, liberou US$ 518 milhões em empréstimos para projetos de eletricidade rural.

Trimble compra a Gehry Technologies

A Trimble anunciou a aquisição da Gehry Technologies, firma de consultoria e software de projeto. O valor da operação não foi revelado.

O conhecido arquiteto Frank Gehry, dono da empresa adquirida, também estabeleceu com a Trimble acordo para desenvolver tecnologia para profissionais de construção e projetos. O mais conhecido projeto de Gehry é o museu Guggenheim, de Bilbao, Espanha, com as típicas superfícies assimétricas da estrutura e fachadas.

Gehry justificou a venda por considerar ambas as empresas com culturas complementares. A Gehry Technologies desenvolve tecnologia BIM e também plataformas de colaboração. A Trimble afirma que integrará os serviços profissionais e ferramentas de projetos da Gehry na sua plataforma de soluções de design-build-operate (DBO).

A norte-americana Trimble atuou por muitos anos somente em tecnologia de mapeamento e posição, mas, em 2012, com a aquisição da Vico, uma desenvolvedora de tecnologia BIM, e mais recentemente da Manhattan, focada em software de gestão, e da Load Systems, fabricante de sensores, os negócios da empresa se ampliaram, mudando a sua estratégia no mercado.

A ENR é uma publicação da McGrawHill, editora com mais de 100 anos de atividades e a principal no mundo com foco em Construção, Infraestrutura e Arquitetura. A revista O Empreiteiro é parceira editorial exclusiva da ENR no Brasil. Mais informações: www.enr.com

Fonte: Revista O Empreiteiro

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