O setor de papel e celulose segue desenvolvendo projetos greenfield e também realizando expansões visando ampliar produção. Esse movimento não é recente, mas cresceu nos últimos anos, criando oportunidades de atuação para empresas de engenharia, construção, montagem industrial e serviços especiais.
Projeto Puma II – O Puma II é resultado de um estudo da Klabin para expansão orgânica da empresa e abrange a instalação de mais duas linhas de produção na unidade de Ortigueira (PR). O Puma II está dividido em duas etapas. O investimento do empreendimento está em cerca de R$ 9 bilhões.
A primeira envolve a construção de uma linha de fibras principal para produzir celulose não branqueada integrada a uma máquina de papel kraftliner e kraftliner branco, que serão comercializados sob a marca Eukaliner, com capacidade de 450 mil t/ano. A previsão é que na segunda quinzena de julho desse ano, essa linha tenha início de produção.
A segunda etapa trata-se de uma segunda linha de produção, dessa vez de papel cartão, com previsão de operação no segundo trimestre de 2023. A capacidade anual desta linha é de 470 mil t/ano.
Na unidade Puma, a Klabin já produz celulose branqueada (fibra curta, fibra longa e fluff), com capacidade anual de 1,6 milhão t.
Projeto Star – Entra em operação, em agosto, em Lençóis Paulista (SP), expansão da planta da Bracell, que terá sua capacidade de produção elevada dos atuais 250 mil t para 1,5 milhão t/ano. A expansão da Bracell, que faz parte da RGE (Royal Goden Eagle), sediada em Cingapura, tem o nome do Projeto Star. A nova linha a ser instalada será
flexível, projetada para produzir celulose solúvel. Os investimentos estão em torno de R$ 7 bilhões.
Plataforma Gaia – Chamado de Plataforma Gaia, o programa tem o objetivo de elevar a produção e desenvolver a geração própria de energia da unidade industrial Irani Papel e Embalagem em Vargem Bonita (SC).
Serão destinados R$ 455 milhões à expansão da recuperação de químicos e utilidades da planta. Isso envolve um novo pátio de madeiras; instalação de uma caldeira de recuperação e novo sistema de cogeração de energia.
Outros R$ 149 milhões referem-se à expansão da unidade fabril – este em execução física. As outras três ações relacionadas na Plataforma Gaia incluem a modernização de equipamentos (R$ 44 milhões) e repotencialização da PCH Cristo Rei (R$ 31 milhões) e da PCH São Luiz (R$ 62 milhões). A previsão de término de todo o programa é 2023.
Ampliação da West Rock – No final de maio, a Westrock Celulose, Papel e Embalagens obteve licença de operação de ampliação da sua unidade industrial, localizada no município de Três Barras, em Santa Catarina.
Com a expansão, a empresa aumentou a capacidade de produção da linha de papéis de alta performance de 470 mil t/ano para cerca de 685 mil t/ano. Os papéis são produzidos a partir de fibras virgens de eucalipto e pinus.
A expansão da unidade começou em fevereiro de 2019 com investimento em torno de US$ 345 milhões. As obras foram direcionadas, principalmente, para ampliação e otimização dos recursos industriais existentes, incluindo a instalação de novo pátio de madeira, ampliação das linhas de celulose, novas caldeiras de força de recuperação e
ampliação das máquinas de papel, além da instalação de equipamentos de suporte à produção.
Segundo a empresa, com as alterações a fábrica de papel de Três Barras aumenta a eficiência de aproveitamento da madeira para geração de celulose. Os investimentos também impactam positivamente a eficiência energética, aumentando a autossuficiência da fábrica de 55% para 85%.
A Westrock, segunda maior produtora de papel e de embalagens de papelão ondulado no Brasil, atua há 65 anos no município de Três Barras onde possui áreas florestais e a unidade industrial.