Emprego de asfalto no núcleo da barragem

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A construção da barragem entre o vertedouro e a casa de força 2 da Hidrelétrica de Jirau encontra-se em fase de fundação. Seu núcleo está sendo executado pela norueguesa Veidekke desde abril, utilizando material asfáltico. É a segunda vez que adotam a prática em obra de hidrelétrica no Brasil – a primeira vez foi na usina Foz de Chapecó (divisa de SC e RS).

De acordo com Ronaldo José de Assis, gerente de Produção de Terra e Rocha da Camargo Corrêa, o asfalto é um material com alta capacidade de autocura. Assim, dentro do corpo da barragem, o asfalto encontra condições quase ideais. Ele permanecerá flexível e impérvio durante toda a vida da barragem. Além disso, a execução do núcleo de asfalto independe das condições climáticas – fato este que não ocorre quando se adota o núcleo de argila.

São poucas barragens no mundo com este material como componente principal de vedação de barragem. O trabalho em Jirau envolve aplicar as camadas asfálticas no núcleo da barragem e efetuar o controle tecnológico dos materiais e do processo executivo como um todo. Equipamentos específicos necessários, como formas e rolos compactadores, estão sendo utilizados pela empresa norueguesa.

De acordo com a técnica adotada, o núcleo e a transição da barragem sobem simultaneamente. São duas transições, uma a montante e outra a jusante. E o sanduíche, de um lado e do outro, vai se fechando. A massa, muito consistente, agrega determinada percentagem de betume, garantindo a impermeabilidade especificada.

Para garantia da qualidade da massa asfáltica, cada tipo de material é secado e pesado isoladamente antes de entrar no misturador.

 


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