O déficit de investimentos no setor de energia elétrica é tão grande que nem os aportes previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) serão capazes de evitar um novo “apagão”.
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Esta é a conclusão de um recente estudo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão vinculado ao próprio governo federal.
O documento mostra que o abastecimento de energia estaria comprometido já em 2013 apesar dos R$ 78,4 bilhões em investimentos previstos no PAC para o setor – R$ 65,9 bilhões para a geração e R$ 12,5 bilhões para transmissão -, pois o volume não será suficiente para que a oferta de energia acompanhe o crescimento do País. Segundo o estudo, serão destinados, entre 2007 e 2010, R$ 274,8 bilhões para a área de infra-estrutura energética (petróleo, gás natural, energia elétrica e combustíveis renováveis).
Na pesquisa foram considerados dois cenários de crescimento. O primeiro considera dados do Ministério de Minas e Energia estimando um crescimento médio anual de consumo de energia de 5,2% e crescimento do PIB de 4,2% ano. Utilizando a previsão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de crescimento da oferta, o Brasil chegaria a 2011 com um déficit de 13,5 mil megawatts (MW). Considerando o segundo cenário, com base apenas nos dados constantes no PAC, o déficit seria de 13,4 mil MW.
O problema é que as obras previstas no PAC ainda estão distantes de se tornar realidade. A usina de Santo Antônio, no rio Madeira, que teve seu início de obras adiado para 2008, só deve operar a partir de 2012 com uma potência de 450 MW que deve atingir em 2016 plena carga de 3.
150 MW. A usina de Jirau, também no rio Madeira, ainda será licitada, o que significa que só operará com plena carga (3.000 MW) em 2017.
“Todas as obras de magnitude [as hidrelétricas de Jirau e de Santo Antônio e a construção de Angra III] estão previstas para ficar prontas a partir de 2013. Além disso, o setor está há quase 20 anos com recursos insuficientes e planejamento inadequado.
Na década de 90 acreditava-se que a privatização resolveria a situação, já que a iniciativa privada adequaria a oferta conforme a demanda. Não foi isso que aconteceu”, diz Carlos Campos Neto, autor do estudo.
Ele explica que “soluções a curto prazo não são fáceis, porque esse é um setor no qual os investimentos levam muitos anos para ficar prontos”. Mesmo assim, as alternativas mais viáveis, segundo o especialista, são a energia produzida a partir do bagaço de cana de açúcar e as termoelétricas, apesar de gerarem uma energia cara e extremamente poluente. Dentro do governo há ainda a previsão de compra de dois navios para converter o gás natural liquefeito, comprado no exterior. Esse gás, entretanto, é caro, cotado mais ou menos ao preço do petróleo internacional. “É uma alternativa emergencial, mas é uma opção cara e quem paga a conta é o consumidor final”, explica o estudioso.
A pesquisa não considera uma redução no crescimento ocasionada pela crise americana. O autor do estudo, explica que caso isso aconteça, há a possibilidade de que a oferta consiga acompanhar a demanda.
Risco
Desde o começo do ano, o governo tem descartado publicamente qualquer risco de um novo apagão. Em janeiro, porém, acendeu a “luz amarela” do Ministério de Minas e Energia devido ao baixo nível dos reservatórios no nordeste, devido a escassez de chuvas. Para suprir a demanda, foram acionadas as termoelétricas.
Para o diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman, a possibilidade de haver algum déficit no suprimento de energia em 2008, “não importa de quanto, nem que seja de apenas um megawatt”, chega a 28% na Região Nordeste, 15% no Norte, 13% no Sul e 10% no Centro-Oeste/Sudeste. O recomendável é um risco de até 5%.
No entanto, o risco de racionamento não se deve apenas à possibilidade de escassez de chuvas.
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Outras matrizes energéticas também trazem riscos. “O governo passado criou o Programa Prioritário de Termoelétricas, que não teve muita adesão do setor privado. Se tivesse atendido a dificuldade seria a mesma, porque houve escassez na oferta de gás”, argumenta Campos Neto.
O pesquisador defende que o Brasil também deve buscar alternativas para que a matriz elétrica do País não dependa tanto das hidrelétricas. “Devemos continuar investindo na energia produzida com o bagaço de cana e até nas termoelétricas, desde que aumente também a oferta de gás.”
Com o déficit de investimentos no setor de energia elétrica, nem os aportes previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) serão capazes de evitar um novo “apagão”. Esta é a conclusão de um recente estudo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão vinculado ao próprio governo federal. O documento mostra que o abastecimento de energia estaria comprometido já em 2013, apesar dos R$ 78,4 bilhões em investimentos previstos no PAC.
Na pesquisa foram considerados dois cenários de crescimento. O primeiro considera dados do Ministério de Minas e Energia, estimando um crescimento médio anual de consumo de energia de 5,2% e crescimento do PIB de 4,2% ano.
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Utilizando a previsão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de crescimento da oferta, o Brasil chegaria a 2011 com um déficit de 13,5 mil megawatts (MW). Considerando o segundo cenário, com base apenas nos dados constantes no PAC, o déficit seria de 13,4 mil MW.
Na sexta-feira, foi publicado no Diário Oficial o edital do leilão da Usina de Jirau, no rio Madeira. O leilão acontece em Brasília, no dia 12 de maio.
Fonte: Estadão