Estudos do anel ferroviário devem ser concluídos em junho

Em reunião realizada na sexta-feira (3), o secretário estadual de Logística e Transportes de São Palo, Saulo de Castro Abreu Filho, e o Ministro dos Transportes, Paulo Sergio Passos, discutiram a implantação do Ferroanel, na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Participaram do encontro, ainda, o diretor geral da Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo e o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes.

O Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Logística e Transportes (SLT) e Secretaria de Transportes Metropolitanos (STM), trabalha com o Ministério dos Transportes para viabilizar a obra. Os estudos preliminares do empreendimento devem ser concluídos em junho deste ano.

O Ferroanel permitirá que os trens de carga atravessem a RMSP sem interferir no transporte metropolitano de passageiros. Além disso, irá agregar maior competitividade à ferrovia. Sua implantação deverá agilizar o setor de logística, diminuir o tempo e os custos do transporte e melhorar as condições de tráfego na malha rodoviária, já que o fluxo de caminhões nas estradas e centros urbanos diminuirá.

O empreendimento deverá ser implantado em duas etapas: Ferroanel Norte e Ferroanel Sul. O tramo Sul articulará os movimentos das ferrovias que chegam à RMSP, permitindo a transposição da cidade, tanto para os deslocamentos Leste-Oeste, como aqueles que se estabelecem a partir dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e região do Vale do Paraíba, em São Paulo, para os estados da região Sul e vice-versa.

A função do Ferroanel Sul é estratégica para São Paulo, pois permitirá realocar fluxos de carga na rota citada acima, hoje refém do modo rodoviário. Destacam-se, neste caso, os fluxos de madeira, produtos siderúrgicos e alimentares.

Já o Ferroanel Norte, por sua vez, permite a movimentação de cargas, principalmente contêineres, da região de Campinas e RMSP para o Porto de Santos via cremalheira, bem como a transposição de comboios entre o interior e o Vale do Paraíba. 

O tramo Norte é importante estrategicamente, pois permitirá a transposição da RMSP para os fluxos de tráfego radiais, norte-sul a partir de projeções do Porto de Santos. Circundará a RMSP, passando por Jundiaí até a Região de Campinas, que concentra cerca de 70% da produção de contêineres para o porto.

Fonte: Padrão

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