As revistas O Empreiteiro e ENR-Engineering News Record apresentam a 18ª edição da newsletterENR Global Insider OE
Planta dobra produção de energia solar nos EUA
A maior planta de energia solar do mundo está perto de ser concluída em Ivanpah Dry Lake, na Califórnia (EUA). Até o final do ano três unidades da usina entrarão em operação.
A planta de 377 MW terá capacidade de gerar energia suficiente para atender 140 mil casas e impedir a emissão de 400 mil t de dióxido de carbono na atmosfera anualmente, segundo a proprietária do empreendimento. A usina é da BrightSource Energy, tem custo de US$ 2,2 bilhões e quase dobrará a capacidade comercial de energia solar nos Estados Unidos.
A construção da planta está a cargo da Bechtel em regime de EPC e teve início em outubro de 2010. “A escala e a complexidade do projeto apresentou desafios por ser o primeiro desse tipo nos EUA, o que exigiu estudos e soluções inovadoras em todos os níveis da obra”, afirma Jim Ivany, ex-presidente da Bechtel no segmento de energia renovável e que agora trabalha na divisão de óleo, gás e química da empresa. A estrutura da usina pesa, no total, 90 t, e foi posicionada utilizando guindastes. No pico, a obra chegou a ter 2 mil trabalhadores.
Índia abre licitação paralinha de trem no Himalaia
A Índia divulgou edital de licitação para construção de 283 km de linha férrea ligando a base das montanhas do Himalaia no país e o Vale do Kashmir. O projeto, dividido em duas partes, está orçado em US$ 140 milhões.
Programado para ser executado em 48 meses, o projeto prevê a construção de túneis e pontes por 14,8 km. Algumas empresas devem entrar na disputa pela obra, incluindo a Hindustan Construction (HCC), Larsen & Toubro, AfconsInfrastructure e Gammon India.
O terreno montanhoso da região é o maior desafio da obra, principalmente no transporte de equipamentos e material para o canteiro. A área é geologicamente instável e sujeita a tremores de terra e terremoto, com despenhadeiros alternando com enormes formações rochosas na montanha. Chuvas e neve são outros fatores de dificuldade da obra.
O gerente de projeto da HCC, Sharnappa Yalal, vê grandes desafios mesmo com profundos estudos de viabilidade. “Existem diferentes tipos de rocha no local. Em determinados lugares são frágeis, requisitando reforço na estrutura”, conta o executivo. Ele prevê o uso de sofisticadas técnicas durante a construção da linha férrea na região.
Duke Energy cancelaprojeto nuclear de US$ 24,7 bi
A Duke Energy anunciou o cancelamento do projeto de construção de uma planta nuclear em Levy County, na Flórida, Estados Unidos, no valor de US$ 24,7 bilhões. As mudanças recentes na legislação norte-americana relativas às usinas nucleares do país são citadas pela empresa como um dos motivos do cancelamento.
“Como resultado de atrasos pela Comissão Regulatória Nuclear (NRC) em emitir licenças de operação para novas plantas nucleares, e também o aumento das incertezas por mudanças na legislação da Flórida, a Duke Energy estará encerrando o contrato de EPC proposto para o projeto da Levy Nuclear”, anunciou a empresa por meio de comunicado. No entanto, a Duke Energy disse que continuará a buscar licença para a planta com a NRC porque o sítio é adequado para o desenvolvimento do projeto.
A empresa está em tratativas com a CB&I e a Westinghouse sobre o cancelamento, já que ambas companhias haviam sido contratadas para implementação da planta.
Banco Mundial autoriza a SKMa participar de licitações
O Banco Mundial concordou em permitir que a empresa de engenharia australiana Sinclair Knight Merz (SKM) continuasse a participar de licitação de projetos com financiamentos da instituição. No ano passado, a própria companhia reportou ao banco “pagamentos impróprios”.
A SKM encontrou problemas em alguns de seus projetos no sudeste da Ásia no ano retrasado. Assim, uma investigação foi feita pela companhia para responsabilizar os culpados. Por conta disso, programas de violação ética e anticorrupção foram criados na organização, envolvendo empregados, diretores, subcontratadas e fornecedores.
O CEO da SKM, Santo Rizzuto, afirmou que o novo código de conduta da empresa bane “facilitação de pagamentos de qualquer tipo e institui um forte aumento de fiscalização na corporação a brindes, eventos de entretenimento e doações”.
O acordo entre o Banco Mundial e a empresa mantém a SKM elegível para os próximos 2,5 anos em processos de licitação. Porém, a instituição bancária fez questão de frisar em comunicado que “falhas em atender qualquer de suas obrigações desqualificará imediatamente a empresa”. A companhia australiana tem faturamento global de US$ 1,47 bilhão e 7.500 empregados.
Connecticut desenvolve programa de microgrid contra apagões
Quando um país é atingido por fortes tempestades ou furacões, é comum que regiões, mesmos distantes do epicentro da tormenta, sofram falta de energia elétrica. É que muitas vezes a energia fornecida para um lugar é gerada a muitos quilômetros de distância, e chega através de linhas de transmissão.
Para evitar isso, o estado de Connecticut, nos Estados Unidos, implementou um programa piloto demicrogrid– sistema de armazenamento e geração de energia elétrica de diferentes fontes, que opera conectado com a rede nacional de eletricidade, mas que tem também autonomia em caso de interrupção de energia, mantendo o fornecimento de baixa voltagem em uma cobertura de até 50 km do local em que estiver instalado.
O objetivo do projeto é fornecer eletricidade e serviços básicos mesmo em caso de tormentas, como o furacão Sandy, que atingiu recentemente o país e provocou apagões em extensas áreas – Connecticut fica na costa leste norte-americana, entre Nova York e Boston, a área mais atingida pelo furacão. Cerca de US$ 50 milhões têm sido aplicados ao projeto. O governo de Connecticut acredita que o programa poderá melhorar inclusive a segurança pública.
Inicialmente, novemicrogridsserão implementados em oito cidades do estado – incluindo a capital Hartford, e a geração de energia será por meio de tu rbinas a gás natural, células fotovoltaicas e outras fontes.
Maiores empresas de rigging do mundo
Operar equipamentos de içamento, como gruas e guindastes, é um desafio de empresas especializadas, principalmente aquelas que atuam com as maiores máquinas desse tipo do mundo. Quando algo dá errado, a exposição do resultado negativo é logo visível.
Os riscos são altos, mas o retorno também. Analistas apontam que firmas que trabalham comriggingestão em crescimento. Barbhart, a maior empresa norte-americana nesse ramo, com 850 funcionários, 24 pátios e uma frota de milhares de máquinas, alcançou um faturamento em 2011 de US$ 249 milhões, sendo US$ 210 milhões em novos contratos. Ano passado, este valor atingiu US$ 300 milhões.
A holandesa Mammoet, maior empresa do mundo em capacidade combinada de içamento e faturamento global de US$ 2 bilhões/ano, possui grua capaz de erguer até 3.500 t e 54 m de raio. Trata-se do maior equipamento da empresa.
Três unidades delas estão em operação na América do Norte: uma monta uma estruturaoffshorede petróleo no Texas; outra auxilia a construção de uma petroquímica perto de Houston e, por fim, a terceira opera na extração de petróleo em areias betuminosas no Canadá.
Os dois maiores guindastes de construção do mundo, cada um com 7.500 t de capacidade, estão operando na expansão da planta nuclear V.C. Summer, Vogtle, no sudeste dos Estados Unidos. O proprietário dos equipamentos é a Bigge Crane & Rigging Co. Para carregar todas as peças de cada guindaste são necessárias 160 viagens de caminhão.
Fonte: Revista O Empreiteiro