"Se demorarem muito, nacionalizo esse campo e vão ter que ir embora do país", disse o líder equatoriano em seu programa de rádio.
Pelo corrente contrato, a Petrobras destina 18% dos 32 mil barris de petróleo que extrai na região para o Estado. Agora, Correa quer ficar com 100% da extração em troca de um pagamento que cobriria os custos de produção e uma margem de lucro. "Aqui, ou cumprem as exigência do país ou se vão", ameaçou o presidente. "Não brinquem com fogo."
A construtora Norberto Odebrecht vem enfrentando sérios problemas com o governo equatoriano. No último dia 23, o exército ocupou as instalações da empresa no país. A Odebrecht ainda tenta reverter as sanções afirmando estar disposta a atender as exigências de Correa.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, procurou minimizar os efeitos da declaração de Correa e afirmou que não acredita em prejuízo para a Petrobras. "Entre países civilizados, como todos nós somos, não há porque imaginar prejuízos provocados unilateralmente." Para o ministro, o que está havendo "é uma pequena insatisfação do governo do Equador com a Petrobras, que envolve nossa obrigação de defender a questão dentro das normas internacionais".
Segundo o ministro, o governo ainda não pensou na situação como "quebra de contrato" e tudo será tratado no nível diplomático.
Fonte: Estadão