O governo paralisou a venda da Brasiliana, holding de energia que controla a maior distribuidora do país, a AES Eletropaulo, e as geradoras AES Tietê e Uruguaiana.
Nenhum passo foi dado desde novembro, quando foram finalizados o edital de venda e as avaliações da empresa.
Já se prevê que o leilão da fatia de 53,8% do capital que pertence ao BNDES pode não sair neste ano. O banco informa que a venda não tem data.
O negócio, que poderia totalizar mais de R$ 10 bilhões, seria um dos maiores do setor.
Inicialmente previsto para dezembro, o leilão foi informalmente adiado para janeiro para não concorrer com a licitação da usina de Santo Antônio, no Rio Madeira. No entanto, nada foi feito neste ano. Segundo apurou o Valor, o governo se concentra em projetos que injetem energia nova no sistema, como é o caso da licitação da outra usina do Madeira, Jirau, prevista para maio. Se quisesse retomar a venda da Brasiliana agora, não seria algo simples. A avaliação feita no ano passado para definir o preço mínimo perdeu a validade e teria que ser refeita.
O BNDES ficou com 53,8% do capital total da Brasiliana e 50% menos uma ação do capital votante, depois de ter transformado em participação acionária uma dívida da americana AES – que ficou com o restante das ações da holding. A dívida foi contraída na privatização das elétricas. A AES tem direito de preferência sobre as ações do BNDES, se topar pagar o mesmo preço que o vencedor do leilão.
O grupo não tem escondido sua determinação em ficar com o ativo e, hoje, é o candidato mais forte. Este seria outro entrave ao leilão, porque integrantes do governo não gostariam de ver a AES ficar com a Brasiliana, devido ao histórico de calotes do grupo no país.
Além da dívida da privatização, a AES ainda deve pelo menos US$ 1 bilhão ao BNDES em outra transação. Tomou um empréstimo em 1997 para comprar 33% da Cemig e, em 2003, ficou inadimplente.
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No ano passado, BNDES e AES estavam próximos de um acordo, que foi suspenso pelo Ministério Público. O MP quer que o BNDES cobre juros que seriam perdoados.
Segundo o Valor apurou, com a queda das ações da Cemig a AES não tem interesse no acordo como foi desenhado.
Fonte: Valor Econômico
Fonte: Estadão