Primeira prioridade é conter a água radioativa
Depois do desastre na usina nuclear de Fukushima, em março de 2011, a dona da planta, a Tokyo Electric Power (TEPCO), assumiu que ela própria gerenciaria os problemas de vazamento enfrentados pelo empreendimento.
No entanto, em setembro último, o governo japonês informou que ele assumiria o coordenação dos trabalhos de descontaminação. Assim, foi anunciado imediato investimento de US$ 470 milhões para medidas de limpeza e recuperação.
O fato é que existe uma frustração com os trabalhos realizados pela TEPCO. “Muitas ações têm sido perdidas em termos de plano geral”, avalia Shunichi Tanaka, presidente da Autoridade Nuclear Regulatória do Japão.
A primeira prioridade do governo é trabalhar para deter a água radioativa no meio ambiente. A TEPCO vinha fazendo esse trabalho na planta da usina, mas não tinha conseguido remover todos os elementos radioativos. Isso tem provocado infiltração de água contaminada no solo da região.
O esforço inicial do governo será reduzir este fluxo de água com implementação de bombas de sucção mais eficientes na área do reator e isolar o solo onde está localizado o reator com uma barreira de gelo.
A técnica já é usada na engenharia de escavações e túneis para fazer isolamentos, o problema é que em Fukushima a barreira de solo congelado deverá ter estabilidade permanente em condições críticas, avaliam especialistas, o que pode dificultar a operação. Posteriormente, a água retirada deverá ser descontaminada antes de ser descartada.
Gás veicular chega aos caminhões
Com o crescimento da extração de gás natural, donos de frotas de caminhões estão de olho na possibilidade de utilizar o combustível nos veículos pesados. O problema é o custo e a falta de infraestrutura para adoção dos equipamentos nos caminhões para conversão e uso do GNV.
A Potelco, uma firma de utilidades norte-americana, está experimentando, em sua frota de caminhões médios de construção, o uso do gás natural como combustível.
“Ele é metade do preço do diesel e tem emissões limpas”, diz John Howell, diretor sênior de marketing e desenvolvimento de negócios da Westport, empresa que desenvolveu o protótipo do caminhão movido a GNV para a Potelco. O caminhão usa também gasolina como combustível, caso o tanque de GNV se esgote.
A transformação de um caminhão para o sistema GNV custa US$ 25 mil nos Estados Unidos. Além do alto custo, outro problema é a falta de infraestrutura de abastecimento. São poucos os postos de gasolina do país que oferecem GNV.
No entanto, especialistas acreditam no potencial do combustível como substituto do diesel, que está subindo de preço e, ao mesmo tempo, tem sofrido com severas regulações de emissão de gases.
O GNV já tem sido utilizado em caminhões de grande porte, mas está crescendo em equipamentos off road, guindastes, máquinas de terraplenagem, entre outras.
Texas planeja aplicar novatecnologia de captura de carbono
A empresa de engenharia tailandesa Toyo-Thai Corp. (TTCL) lançou em escala comercial nos Estados Unidos uma nova tecnologia de captura de carbono de emissões industriais.
Em setembro, a empresa deu início à implantação do projeto na empresa SkyMine em San Antonio, no Texas. A planta usará um sistema eletrolítico, desenvolvido pela Skyonic, para coletar CO², gases ácidos e metais pesados, transformando-os em minerais sólidos.
A TTCL também coletará gases de uma planta de produtos de cimento do grupo da SlyMine e vai convertê-los em “químicos verdes”, tais como cloro e alvejante, que poderão ser vendidos no mercado.
A desenvolvedora Skyonic acredita que, com a tecnologia, as emissões podem deixar de ser um problema para transformar-se em lucro às empresas.
A TTCL está trabalhando na nova planta da SkyMine na modalidade EPC. É o primeiro contrato significativo nos Estados Unidos da estatal tailandesa.
Reconstrução do Colorado devido à chuva custará US$ 1,3 bi
Uma semana depois da forte chuva que provocou inundações em diversas partes do estado do Colorado, as autoridades norte-americanas calculam que os trabalhos de reconstrução levarão talvez anos para ser realizados.
Pelo menos oito pessoas morreram, 10 mil foram evacuadas e quase 18 mil casas e 1 mil empresas foram atingidas pela chuva.
Na região dos cânions do Colorado, rios extravasaram e inundaram ruas, pontes e outras estruturas de cidades e rodovias. Havia áreas com acesso somente por meio de helicóptero.
Com as chuvas e enchentes, plantações e armazéns foram destruídos. Foram também afetados tanques de armazenamento de óleo, o que provocou derramamento de mais de 100 mil L do produto em rios das localidades.
O governo do Colorado decretou 17 municípios como áreas de desastre. Informações oficiais calculam em US$ 1,3 bilhão o custo de reconstrução dos locais atingidos.
O Departamento de Transporte do Colorado informa ainda que 50 pontes e mais de 320 km de estradas foram danificadas. Duas semanas depois das tempestades, vários trechos das 15 principais estradas do estado permaneciam fechadas.
O órgão liberou em caráter emergencial US$ 100 milhões em fundo de contingência e recebeu mais US$ 35 milhões do Departamento de Transporte Federal para realização de obras de reparo. No entanto, o estado pede mais US$ 500 milhões ao governo federal para enfrentar a tragédia.
Odebrecht esbarra em lei anti-Cuba
O projeto de cerca de US$ 500 milhões que prevê a construção, próximo ao Aeroporto Internacional de Miami (EUA), de um hotel, área comercial e escritórios está ameaçado.
As autoridades aprovaram a realização do projeto pela Odebrecht, mas políticos locais questionam a construtora brasileira pelo fato de ela manter negócios em Cuba (a empresa trabalha na expansão de um porto), o que feriria leis de embargo local ao país de Fidel Castro.
A Odebrecht é a própria financiadora do projeto em Miami. A Corte Federal deu parecer favorável à iniciativa da construtora, mas ainda se arrastam indefinições para o caso na Flórida. A Odebrecht é conhecida no estado há décadas e já realizou outras obras nos terminais do ae
roporto de Miami.
Projeto ferroviário de US$ 80 bicausa polêmica na Inglaterra
Especulações aumentam na Inglaterra sobre o futuro do ambicioso programa do trem de alta velocidade HS2, orçado em US$ 80 bilhões. É que a oposição questiona se o dinheiro não seria mais bem empregado em outros projetos. No entanto, o governo afirma que vai realizar o projeto e que ele trará benefícios a longo prazo.
O projeto do trem de alta velocidade pretende ligar cidades do norte da Inglaterra com Londres e também com as já existentes linhas de trem rápido na Escócia. A primeira fase do projeto, conectando Londres a Birmingham, deve ser completada em 2026, e a segunda etapa, ligando Manchester a Leeds, tem previsão de término até 2032.
De acordo com fontes ligadas ao programa ferroviário, ele será capaz de gerar 40 mil empregos e gerar negócios no valor de US$ 24 bilhões anualmente na economia do país.
Até o final do ano, a liberação de recursos da primeira fase do projeto, na ordem de US$ 26 bilhões, deverá ser votada no Parlamento.
No entanto, o Instituto de Engenheiros Civis questiona se a verba deveria ser aprovada antes das eleições de 2015, com a possibilidade de o governo passar para as mãos da oposição grande crítica da iniciativa – atualmente, o Partido Conservador comanda o país, mas analistas avaliam que o Partido dos Trabalhadores poderá assumir o governo devido à crise europeia que impacta a Inglaterra.
Fonte: Revista O Empreiteiro