O incremento dos negócios da construção nos últimos anos fez desenvolver no País um produto que já era bastante aplicado nos Estados Unidos e Europa e que agora tenta ocupar espaço de soluções tradicionais para drenagem, impermeabilização, filtragem e controle de erosão: os geossintéticos.
No Brasil, a Bidim, do grupo global mexicano Mexichem – que fatura US$ 5 bilhões ao ano e ainda detém as marcas Amanco e Plastubos -, aposta no crescimento do material em terras tupiniquins e está investindo US$ 30 milhões na compra de maquinários e na ampliação de sua fábrica na cidade de São José dos Campos (SP), para atender melhor o mercado nacional e do Mercosul.
“A redução de custo e maior vida útil são os nossos grandes apelos para crescer no mercado”, conta Reginaldo Magon, gerente Nacional e Exportação de Não-Tecidos da empresa, acrescentando que especificações internacionais e normas técnicas podem favorecer no crescimento do uso do material por aqui. A grande vitrine da Bidim nos últimos tempos tem sido aplicar o colchão drenante de geotêxtil no sistema de drenagem dos gramados de todos os estádios que receberão a Copa do Mundo de 2014.
O geotêxtil é o principal tipo de geossintético da Bidim no País – a empresa trabalha com a opção também de oferecer geomembranas e geocompostos. O geotêxtil é composto 100% de poliéster e parte expressiva do processo de produção da linha utiliza garrafas PET recicladas.
Na área de infraestrutura, rodovias têm sido outro setor bastante promissor no uso do produto, principalmente nos serviços de drenagem, recapeamento (interposto entre o pavimento antigo e o novo) e taludes (aplicado como reforço). “Concessionárias têm interesse em aumentar a vida útil das estradas que administra”, explica Reginaldo.
Outras aplicações dos geossintéticos incluem aeroportos (trincheiras drenantes), hidrelétricas (maior resistência mecânica em barragens de terra), PCH (em canal de adução), portos (em enrocamentos), ferrovias (separação e filtragem no lastro ferroviário) e aterro sanitário (proteção do solo).
Operação para aplicações do produto em obras de drenagem rodoviária
(Augusto Diniz – São José dos Campos/SP)
Fonte: Revista O Empreiteiro