Não se trata mais de uma possibilidade. Sobretudo em países onde o sol aparece hoje e se reserva ao direito de reaparecer somente dois ou cinco meses depois, a armazenagem da energia solar pode ser a solução para a economia de outros recursos energéticos.
O suplemento do The New York Times, da FSP de segunda-feira última, traz matéria de Matthew L. Wald informando que duas empresas da Califórnia (EUA) desenvolvem a tecnologia da armazenagem. Uma delas, a Solar Reserve, constrói uma usina no deserto de Nevada, que deverá ficar pronta no ano que vem. E outra empresa, a Bright Source, elabora os projetos de mais três usinas, também na Califórnia, que poderão entrar em funcionamento em 2016 e 2017.
As coisas ainda não estão muito claras, mas pelos dados ali expostos, as usinas complementarão os painéis solares. Depois, os painéis serão recolhidos e, à noite, ou em dias sem sol, as usinas liberam a energia assim armazenada.
A tecnologia de armazenagem tem tudo para tornar-se uma realidade quotidiana. Não é por outro motivo que empresas como Google, Chevron e Good Energia resolveram investir nessa tecnologia. E, como as empresas NY Energia e Southern California Edison já assinaram contratos de longo prazo para se beneficiar da armazenagem, não há porque acreditar que, a essa altura, a iniciativa pare no meio do caminho. O próprio Departamento de Energia dos EUA já liberou, para a Solar Reserve, um empréstimo de US$ 737 milhões para o projeto em andamento em Nevada.
Vamos evoluir, portanto, para a armazenagem. E, simultaneamente, ou em futuro próximo, para modelos de usinas pequenas, mas com grande capacidade de armazenagem. Será que chegará o tempo em que estaremos carregando um tubo de luz solar no bolso?
Fonte: Nildo Carlos Oliveira
