Minha Casa Minha Vida em Catanduva (SP) será o mais completo do País

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Pacaembu concentra vários projetos do programa no oeste paulista

 

Além de unidades habitacionais, conjunto terá equipamentos públicos e de lazer; o empreendimento, que será entregue em agosto, conta com 1.512 casas

Augusto Diniz – Catanduva (SP)

 

Em agosto, será entregue em Catanduva (SP), pela Pacaembu, mais uma obra da empresa dentro do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV). Mas este conjunto possui característica que difere de outros já feitos País afora: além de unidades habitacionais, tem também completa estrutura de equipamentos públicos e comunitários, estabelecendo um marco nesse tipo de projeto.

 

Leia-se por equipamentos públicos creche (para crianças de 3 a 6 anos), escola (de 6 a 12 anos), unidade básica de saúde e posto policial. Já como equipamentos comunitários, relacionam-se diversas quadras esportivas, playground, academia ao ar livre e pista de caminhada.

 

“Os conjuntos habitacionais existentes contam com uma coisa ou outra, mas completo assim ainda não tinha sido feito”, conta o engenheiro civil José Stucki Júnior, diretor de Obras da empresa, que não esconde a emoção quando as chaves das casas são entregues às famílias sorteadas. “É um momento especial”, diz.

 

No caso do projeto MCMV em que Stucki está envolvido em Catanduva, município do noroeste paulista, a 384 km da capital, as chaves estão previstas para ser entregues em agosto, quando o conjunto habitacional de 1.512 unidades será oficialmente inaugurado.

Escolas e unidade básica de saúde são equipamentos públicos entregues no conjunto

 

O residencial Nova Catanduva I, no bairro Jardim imperial, incluído dentro do programa MCMV 2, conta com 1.237 unidades voltadas à faixa 1 (renda até R$ 1.600,00/mês) e 275 unidades à faixa 2 (até R$ 3.275/mês). Trata-se da primeira obra da Pacaembu com faixas 1 e 2 dentro do mesmo empreendimento.

 

Todas as unidades possuem dois dormitórios, cozinha, banheiro, sala de jantar e estar, lavanderia e estacionamento para veículo. Elas contam ainda com acessibilidade. A casa vem com chuveiro, kit de metais de banheiro e cozinha, torneiras, tanque, espelho quadro elétrico e medidor de água e energia já em nome do proprietário. Como norma do programa, as unidades da faixa 1 contam com aquecimento solar para o chuveiro.

 

José Stucki: Emoção no dia da entrega das chaves
 

As casas são isoladas (e não geminadas) em terreno variando de 60 m² a 200 m², com áreas construídas de 42,97 m² (faixa 1) e 45,47 m² (faixa 2). Algumas esquinas de quadras serão destinadas ao comércio.

 

A construção levou 15 meses – o prazo era de 18 meses. “Isso diminui o custo indireto (entregar antes do prazo), pois a manutenção do canteiro tem custo elevado. Portanto, a antecipação gera economia”, expõe o diretor da obra.

 

Metodologia de construção

As obras do conjunto residencial em Catanduva começaram em maio do ano passado. Quando são extensas as áreas ocupadas por este tipo de empreendimentonesta cidade paulista, o terreno tem extensão de mais de 200 mil m² -, a terraplenagem se inicia quase concomitantemente  com a obra civil. É uma linha de produção. Preparou-se um trecho, já se começa a obra, explica Stucki.

 

“Mas é a infraestrutura o que de mais importante tem a se fazer, no momento em que se começa a construção de um conjunto residencial desse tipo”, destaca o diretor de Obras da Pacaembu. O conjunto de itens de infraestrutura a ser executado inclui rede elétrica aérea, rede de água, esgotamento sanitário, captação de água pluvial, guias e sarjetas. A pavimentação das vias é feita na finalização do empreendimento, para evitar danos com a circulação de caminhões e veículos pesados durante as obras.

 

Cem unidades habitacionais construídas por mês, em média

 

Equipamentos de lazer encontram-se em várias áreas do empreendimento

 

Em Catanduva, foram perfurados três poços artesianos para atender o conjunto habitacional. A água será armazenada em dois reservatórios de 500 mil m³ – um tratamento é dado à água antes da distribuição. Já a rede de esgoto é integrada à rede local. A Superintendência de Água e Esgoto de Catanduva (Saec) responde pelo abastecimento de água e coleta de esgoto no empreendimento.

 

 A ordem de execução das unidades habitacionais é a que segue: serviço de fundação tipo radier, trabalho de alvenaria com blocos estruturais com elementos de passagem, colocação de laje protendida pré-fabricada (apoiada na parede estrutural), concretagem para capeamento de laje, posicionamento da cobertura metálica, colocação de telha de concreto e instalações hidráulica e elétrica.

 

“A média foi de 100 casas por mês”, afirma o engenheiro civil. Ele comenta que os moradores sorteados recebem um manual com sugestões de como ampliar a unidade, em caso de interesse próprio.

 

Os equipamentos públicos, administrados pela prefeitura local, possuem 28,4 mil m², no total. Neles, são feitos cabeamento de rede, ao contrário das unidades habitacionais. O projeto dos equipamentos públicos é de responsabilidade do governo federal, com execução da Pacaembu – já as casas e a infraestrutura são projetadas pela própria construtora.

 

Pico

O pico da obra, entre outubro e dezembro, envolveu cerca de 700 pessoas e 100 equipamentos pesados. É neste momento que a obra alcança seu momento de maior complexidade. “É trabalho de gestão de pessoas, com logística de alimentação, segurança, treinamento, transporte de pessoal, além de entrega de materiais e suprimentos à obra. Trata-se de um momento crucial do projeto”, conta José Stucki Júnior.

 

Fonte: Redação OE


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