Mondelez aplica R$ 1 bilhão para expandir fábricas brasileiras

Expansão das fábricas de Pernambuco e do Paraná, aumento da linha de produtos e novos fornecedores. Com esse pacote, que deve exigir investimentos da ordem de R$ 1 bilhão para o biênio 2023-2024, a Mondelez faz do Brasil uma ponte no plano da empresa de dobrar de tamanho no mundo até 2030.


Os investimentos previstos para os próximos dois anos são 70% maiores do que a Mondelez aplicou aqui no biênio anterior e são impulsionados pelo volume crescente de vendas que vem obtendo no País, que é um dos cinco maiores mercados da companhia no planeta.

O foco de crescimento está principalmente em chocolates, bolos e biscoitos, uma vez que balas e sucos já atingiram um patamar mais limitado de expansão.


Esses segmentos foram justamente os que mais cresceram desde a pandemia, ganhando terreno com o consumidor mais em casa e com a indústria investindo em lançamentos.

Do total de investimentos, R$ 400 milhões serão destinados ao aumento de produção nas fábricas de Curitiba (PR) e Vitória de Santo Antão (PE). O plano envolve aumentar a capacidade de produção de bombons da fábrica pernambucana em 50% e em 20% a capacidade da unidade da companhia em Curitiba.


“É um investimento grande em produção.

Em chocolate, já chegamos no limite e vamos aumentar em cerca de 30% a capacidade geral”, afirmou ao Valor o diretor-executivo Liel Miranda.

Os outros R$ 600 milhões de aportes previstos para o biênio vão para o programa Investindo com Propósito, no qual a companhia ajuda a estruturar a produção nacional de cacau, para deixar de importar a matéria-prima até 2025, e aumentar a rede de fornecedores de pequeno e médio porte que tenham participação relevante de pessoas negras, indígenas ou PCDs. Também inclui o maior investimento em marcas – desde 2020, a companhia dobrou o volume de investimento em marketing e publicidade e segue aumentando, conforme apurou o Valor.

Em 2022, o faturamento da Mondelez cresceu 46,6% na América Latina – o maior crescimento regional – para US$ 1,21 bilhão. Estima-se que o Brasil represente cerca de metade da operação regional. O continente europeu somou o maior faturamento, de US$ 3,31 bilhões, alta de 12,7% no comparativo anual.


Também registraram avanço a América do Norte, cujas receitas cresceram 26,8% e alcançaram US$ 2,71 bilhões, e a região que compreende Ásia, Oriente Médio e África, com US$ 1,94 bilhão – aumento de 3,9%.

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