Até o final de 2013, os primeiros monotrilhos devem percorrer o trecho inicial do ramal leste da Linha 2-Verde e inaugurar uma nova era no transporte rápido de massas em São Paulo e, por que não dizer, no mundo.
Quando estiver concluída, a previsão é até 2016, a nova linha de extensão da rede metroviária de São Paulo terá 24,5 km.
E bem possível que será o de maior demanda mundial, pelo menos é o que acredita a Secretaria dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo e o consórcio executor da obra. Espera-se que o monotrilho da Linha 2-Verde atenda até 500 mil passageiros/dia, um número sem igual para um sistema desse gênero.
“O monotrilho da Linha 2-Verde será o primeiro de alta capacidade do mundo. Normalmente, o modal monotrilho atendia somente até 20 mil passageiros, mas a nova tecnologia de monotrilhos de alta capacidade para essa linha permite até 40 mil passageiros/hora/sentido”, explica Luís Ramos, diretor de Relações Institucionais da Bombardier para Brasil, Índia e Sul da Europa e um dos integrantes do consórcio.
Em caso de aumento da demanda, a Companhia do Metropolitano paulista diz já ter um artifício pronto: a redução de 90 para 75 segundos no intervalo entre os trens, elevando a capacidade de transporte do sistema para 48 mil passageiros por hora/sentido.
“Grandes cidades, como São Paulo, com problemas de mobilidade urbana, precisam resolver com urgência essa questão. Entendemos que o ônibus não é a solução adequada. O monotrilho oferece uma solução para um sistema de alta capacidade, com um impacto visual bonito.
E estamos construindo com muita rapidez.
buy finasteride online cpff.ca/wp-content/languages/new/mg/finasteride.html no prescription
O primeiro trecho da Linha-2 está próximo de ficar pronto”, expõe Ramos.
buy propecia online cpff.ca/wp-content/languages/new/mg/propecia.html no prescription
O Monotrilho Expresso Leste fará conexões com a Linha-2 Verde do Metrô e com o Expresso Tiradentes na estação Vila Prudente, além de corredores da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) na estação São Mateus.
Obras
Trabalhos esparsos estão em execução ao longo de um trecho aproximado de 4,5 km de extensão, com início na Avenida Luiz Ignácio de Anhaia Melo, na altura da Rua Isaac Valadão de Freitas, seguindo até a altura da Rua Manoel de Arruda Castanho. Entre os quais, o manejo arbóreo, seguido do remanejamento de interferências (para liberar as frentes de obra civil), execução de fundações (contemplando estacas e blocos de concreto) e execução de pilares.
Segundo a assessoria de comunicação do Consórcio Expresso Monotrilho Leste, composto das construtoras Queiroz Galvão e OAS, além da Bombardier (cuja participação está dividida pela Bombardier Transportation Brasil e Bombardier Transit Corporation), já foram executados no trecho em obras 122 conjuntos de estacas para blocos de fundação, 76 blocos de fundação e 39 pilares.
“Até o final de julho deste ano, concluiremos os trabalhos de ‘monotilização’, ou seja, concretamos as cabeças desses pilares, fazendo a junção das vigas”, ilustra Adriano Cunha, gerente de Contrato da Construtora Queiroz Galvão.
No final do ano passado, guindastes começaram a içar, na Avenida Luís Ignácio de Anhaia Mello, as primeiras vigas-trilhos do ramal, que são produzidas em uma fábrica na Avenida Jacu-Pêssego. Cada uma mede 30 m de comprimento e pesa 70 t.
buy priligy online cpff.ca/wp-content/languages/new/mg/priligy.html no prescription
No primeiro trecho do prolongamento em monotrilho da Linha 2, de 2,9 km de extensão entre as estações Vila Prudente e Oratório, serão empregadas 450 vigas-guia, incluindo o pátio de estacionamento e manutenção de trens, localizado próximo à estação Oratório, instaladas sobre 107 pilares, estes medindo entre 12 m e 15 m. Até a estação final, próxima do Hospital Cidade Tiradentes, serão mais de 1.600 vigas.
Vigas
Cerca de 170 trabalhadores estão envolvidos na fabricação das vigas em uma unidade fabril montada em uma área de 50 mil m², na Avenida Jacu-Pêssego. Sendo um processo que exige alta qualidade técnica e precisão milimétrica, são produzidas até seis peças por dia nessa fábrica.
Depois de prontas, as vigas são conduzidas em linhas de eixo – caminhões com dois segmentos de eixos, com a viga apoiada entre eles, que medem em torno de 45 m – até os canteiros de obras, sempre entre as 23h e 5h e com suporte da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) da cidade.
A operação de transporte e lançamento dessas vigas necessita de aproximadamente 150 homens. O percurso entre o local de fabricação e de instalação leva normalmente duas horas. Do lançamento da viga ao posicionamento sobre os pilares, são gastos mais 60 minutos.
De acordo com o Consórcio Expresso Monotrilho Leste, um fabricante norte-americano forneceu oito conjuntos de formas de alta tecnologia, feitos de aço, com características e formatos desenvolvidos especificamente para o trabalho de moldagem das vigas.
São equipamentos inéditos no Brasil e bastante distintos dos disponíveis em nível internacional, por causa da precisão milimétrica da montagem mecânica para a obra civil, além de possibilitarem fabricar peças com curvas variáveis e sobrelevação (curvas horizontais e verticais).
Com estrutura diferenciada, os moldes darão origem a mais de duas mil unidades (segmentos com cerca de 70 t e 30 m de comprimento cada um) que, em conjunto, formarão o duplo trilho de concreto ao longo dos 24,5 km de extensão do monotrilho da Linha 2-Verde.
Trens
Os primeiros vagões dos futuros trens já começaram a ser produzidos na fábrica recém-inaugurada da Bombardier, em Hortolândia, interior de São Paulo, e o primeiro monotrilho deve estar pronto até o final do ano, garante o executivo Luís Ramos. Na unidade, serão produzidos os 378 carros ou 54 trens Innovia Monorail 300 – cada um composto de sete vagões, totalizando 86 m de comprimento (o trem do metrô possui 132 metros).
“Para que fosse possível criar um monotrilho de alta capacidade, a Bombardier fez duas modificações tecnológicas fundamentais. A primeira foi a transformação de toda estrutura de carroceria, com um carro maior, mas que pesa menos. É um modelo de construção similar ao do avião”, esclarece.
Segundo Ramos, a carroceria do monotrilho é feita de alumínio e também utiliza componentes similares aos utilizados na fabricação de aeronaves, como fibras de carbono e titânio.
“Outra inovação é na parte de motorização. Com a falta de espaço para colocação de equipamentos, e tendo a estrutura que ser mais leve para carregar mais pessoas, os veículos terão motores muito menores e mais leves, mas que disponibilizam a mesma potência que motores maiores convencionais. Esse monotrilho adotará o motor magnético permanente.”
A fábrica em Hortolândia recebeu investimentos da ordem de US$ 15 milhões, gerando 250 empregos diretos e outros 500 indiretos, especialmente por conta de uma rede de fornecedores locais. “Essa fábrica será o centro mundial da Bombardier para a fabricação de monotrilhos de alta capacidade”, avaliza Ramos.