Moradores da "favela" Naval recebem apartamentos e recuperam autoestima

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Com investimentos de R$ 25,5 milhões, projeto Nova Naval
conta com recursos do governo federal e beneficiará cerca de
1.300 famílias com obras e programas sociais

Apopulação da antiga "favela Naval", em Diadema, região metropolitana de São Paulo, que ficou conhecida por episódios ligados à violência policial, recebeu 252 unidades habitacionais e, segundo seus moradores, vive um processo de resgate de autoestima, por meio da transformação do núcleo em um bairro urbanizado e integrado ao restante da cidade.

As obras fazem parte da primeira etapa do Projeto Nova Naval. A iniciativa conta com recursos federais e municipais e permitirá a urbanização e requalificação do núcleo onde residem cerca de 800 famílias.

Outras 500, que residem no entorno da área, também serão beneficiadas com as obras e próprios públicos a serem construídos. O empreendimento conta com aporte de recursos da ordem de R$ 25,5 milhões – R$ 20,5 milhões da União e R$ 5 milhões de contrapartida municipal.

O Núcleo Habitacional Naval vinha sendo estigmatizado como uma área de enchentes, incêndios e de episódios de violência urbana. Hoje, é considerado resgatado por iniciativas sociais.

Etapas

Das 252 novas moradias que foram entregues nesta primeira fase, 48 compõem o Conjunto Habitacional Piraporinha II, construído na área do próprio núcleo. Os apartamentos estão distribuídos em oito blocos de três andares cada e ainda oferecem infraestrutura e áreas verdes aos moradores. Cada unidade tem 42m² de área útil distribuídos em dois quartos, sala, cozinha, lavanderia e banheiro.

Os outros 204 apartamentos foram edificados no Conjunto Habitacional Serraria I, que também receberá as famílias da Naval. O empreendimento, constituído por 34 blocos de três andares cada, foi erguido em área de 12.375 m², no bairro Serraria, zona Oeste da cidade. Para oferecer mais conforto à população, o conjunto possui Centro Comunitário, infraestrutura e áreas verdes e de lazer.

Para a segunda etapa do projeto, estão previstas a construção de 84 novos apartamentos no núcleo e a implantação do programa de requalificação de moradias Tá Bonito, a fim de eliminar situações de insalubridade e de insegurança estrutural de 213 casas já consolidadas no trecho urbanizado da área.

Obras de pavimentação também integram a segunda fase do projeto que deve beneficiar total de 1.300 famílias residentes no assentamento e que moram no entorno e se encontram em áreas em condições sanitárias, urbanísticas, ambientais e socialmente degradadas.

A construção do Centro de Integração Social Naval (CISN) também deve contribuir com o exercício de cidadania dos moradores do núcleo. O equipamento deverá dar continuidade às ações de apoio ao desenvolvimento comunitário e promover atividades de geração de renda, educação sanitária e ambiental e outras políticas sociais desenvolvidas no município.

Fonte: Estadão


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