Movimento diz que Hidrovia Paraguai/Paraná é importante para Mato Grosso

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A viabilidade das hidrovias que passam por Mato Grosso refletirá diretamente no desenvolvimento da agricultura estadual. Para se ter uma noção de quanto este modal de transporte é importante e significativo, quando elas estiverem em operação, o valor desembolsado para escoar o produto poderá reduzir até 70%. Isso porque a produção estadual é transportada quase que exclusivamente pelas rodovias, que têm o frete mais elevado e faz com que o produto local perca produtividade, influenciado pela distância entre as fazendas e os portos.

Mas por enquanto o único modal utilizado pelos agricultores estaduais é o rodoviário e como consequência de poucas alternativas, o produto costuma ter sempre o mesmo destino: os portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR), que percorrem aproximadamente 2 mil quilômetros. No futuro, quando a multimodalidade integrar rodovias, ferrovias e hidrovias ,a agricultura será amplamente beneficiada, e terá preços competitivos, favorecendo não só produtores como a sociedade de forma geral, que terá produtos também mais acessíveis.

A diversidade de modais para escoamento da produção é uma promessa do governo federal, mas que na opinião do setor produtivo local caminha a passos lentos, o que faz com que o transporte da produção estadual seja feita quase que exclusivamente pelo asfalto, cujo trajeto está em condições precárias já que as BRs não foram projetadas para atender o grande volume de caminhões que transitam anualmente.

Entre as hidrovias que atenderão a produção local estão a do Madeira (já em funcionamento, mas com pouco volume estadual), a Paraná-Paraguai, importante para o Estado porque o percurso inclui Mato Grosso e vai até a Argentina e o Uruguai. As que ainda não estão em operação, mas que contemplariam de forma decisiva para o escoamento da produção mato-grossense são a Teles Pires-Tapajós e a Tocantins-Araguaia.

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De acordo com o gerente de Desenvolvimento e Regulação da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Adalberto Tokarski, Mato Grosso é um Estado com uma dimensão territorial tão grande que demanda a existência de várias saídas para escoamento da produção, que é crescente, e que por isso, a implantação de vários modais é imprescindível. “E os modais mais eficientes são as ferrovias e as hidrovias”.

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No caso da ferrovia, Mato Grosso conta com a Senador Vicente Vuolo, que cortará o Estado de Norte a Sul e que está em processo de implantação há vários anos. O trajeto conta com 500 km em funcionamento entre as cidades de Aparecida do Taboabo (MS) e Alto Araguaia (MT), e outros 251 km até Rondonópolis. O funcionamento está previsto para a safra 2011.
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Ainda com relação às hidrovias, Tokarski diz que atualmente a que é mais utilizada em Mato grosso é a do Madeira, que é usada para transportar a soja e o milho produzidos na região de Sapezal. “Ela ainda não atende a produção total do Estado e por isso a necessidade de mais hidrovias funcionando”, considera o gerente da Antaq ao completar que nenhum volume mato-grossense é transportado pela Tocantins-Araguaia, que poderia levar a produção localizada na região do Araguaia, Água Boa e Vila Rica (MT). Ele diz que para isso estão sendo construídas eclusas com previsão para entrar em operação no final do primeiro semestre de 2010.

Na opinião de Tokarski, a hidrovia que será estratégica para Mato Grosso, especialmente para a região Norte do Estado, é a Teles Pires-Tapajós, cujo percurso inclui os dois rios que cortam o Estado por uma extensão de 1,3 mil quilômetros. “Mas nesta há muito o que ser feito, como usinas hidrelétricas, eclusas”, diz ao informar que o governo federal gasta anualmente cerca de R$ 1 bilhão com subsídios à agricultura para escoamento de safra e que se os investimentos nas hidrovias forem feitos, este custo não será mais necessário e trará melhorias para todos. Ele considera que o custo de uma hidrovia na comparação com uma rodovia é pelo menos seis vezes menor já que não necessitará de reparos, levando em consideração ainda que pelo meio fluvial há menos ocorrências de acidentes e é menos poluente.

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Volume transportado nos rios do Estado é pequeno
“Mato Grosso escoa muito pouco pelas hidrovias. Em 2007 foram 300 mil toneladas de grãos utilizando a Paraná-Paraguai, cujo produto foi destinado à uma fábrica localizada na Bolívia. No ano passado, este número caiu para 100 mil toneladas, isso porque a compradora teve problemas”. A informação é do gerente da Comissão de Logística da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Edeon Vaz Ferreira.
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Na opinião dele, a hidrovia mais importante para o Estado também é a Teles Pires-Tapajós. Para se ter uma ideia do potencial desta hidrovia, Ferreira diz que a capacidade de escoamento dela é de 15 milhões de toneladas por ano, quantidade próxima ao volume total de grãos produzidos em solo mato-grossense na safra 2008/2009, que foi de 17 milhões de toneladas. Com esta hidrovia, a região Norte do Estado seria a mais beneficiada, especialmente os municípios de Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso, Sinop, Tapurah, Ipiranga do Norte, Diamantino e São José do Rio Claro.

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Estudo feito pelo Movimento Pró-Logística, lançado recentemente em Cuiabá, como iniciativa de várias entidades de classe, mostra que a região beneficiada pelo hidrovia Teles Pires-Tapajós abrange 38 municípios que totaliza uma produção de grãos de 12 milhões de toneladas, o que representa 43% do volume estadual. A área agrícola soma 2,707 milhões de hectares, o equivalente a 42% do total de Mato Grosso. “A utilização deste trecho possibilitará o envio de mercadorias ao porto de Santarém, no Pará, mas ainda são necessárias intervenções, como a transposição de cachoeiras”.

E para se ter uma noção do impacto dessa hidrovia nos custos do frete, que neste momento seria o ponto de mais interesse por parte dos produtores rurais, o desembolso atual para transportar uma tonelada de grão é de US$ 90 e que com a hidrovia ele baixaria para US$ 27, queda de 70%.
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E para escoar toda a produção os custos anuais que são de US$ 1,322 bilhão baixariam para US$ 396,897 milhões caso fossem escoados pela Teles Pires-Tapajós, gerando uma economia de US$ 926,093 milhões.

O estudo do movimento leva em consideração também as vendas externas. A exportação de soja, por exemplo, saindo pela hidrovia proporcionaria um incremento de 64% nos embarques. E com a economia de US$ 926 milhões poderiam ser construídas 185,219 mil casas populares. Outro benefício do modal hidroviário é a menor emissão de gases poluentes na atmosfera. Enquanto que as rodovias mobilizam 343,6 mil caminhões, a hidrovia necessita de 2,044 mil comboios de quatro chatas.

Alternativas combinadas são as mais relevantes, segundo Pagot
Depois de muitos anos sem investir em hidrovias, o governo federal se voltou para este modal, porém ainda sem avanços tão consideráveis se comparado ao anseio da classe produtora estadual. De acordo com o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, a hidrovia Teles Pires-Tapajós está com o termo de referência (que autoriza licitação para os projetos de eclusas) concluído.

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Porém, ele avalia que essa hidrovia não é necessariamente a mais importante para Mato Grosso e que as alternativas modais combinadas são mais relevantes já que integram rodovias, ferrovias e as hidrovias.

Ele informa ainda que depois que o projeto ser licitado, se tudo correr dentro da normalidade as obras devem começar, contudo, adianta que não há um cronograma. “Recentemente entregamos um documento ao governo para incluir as hidrovias no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), cujo planejamento tem a conclusão prevista para dezembro de 2010”, diz ao informar que a previsão para que seja implantado até 2016.

Pagot salienta ainda que os investimentos em hidrovias são vultuosos, mas que eles estão sendo retomados, depois de muitos anos sem aporte financeiro. Mesmo com tanta expectativa, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, considera que é muito difícil a Teles Pires-Tapajós sair do papel. “No percurso há muita reserva indígena e legal, cujo licenciamento ambiental pode durar anos”.

Empurrão – Para dar mais celeridade aos projetos envolvendo as hidrovias e outros que tratam de logística, o deputado federal Homero Pereira (PR-MT), que é presidente da Frente Parlamentar de Logística de Transportes e Armazenagem (Frenlog), afirma que os trabalhos da frente se concentrarão em destravar os projetos. Para isso, ele diz que é necessário entendimento junto ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e outros órgãos na tentativa de concretizar os projetos, porém sem intervir no ambiente. “Para se ter uma noção, enquanto o custo do transporte na rodovia é de US$ 5, na ferrovia é US$ 3 e na hidrovia é US$ 1”.

Fonte: Estadão


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