Na festa da premiação, reconhecimento e cobrança

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Durante a premiação das quatro Empresas de Engenharia do Ano, as manifestações foram de que a engenharia brasileira é capaz de executar, no prazo, as obras para a Copa de 2014 e para a Olimpíada de 2016, desde que haja planejamento prévio e competência na gestão

A entrega dos prêmios às quatro Empresas de Engenharia do Ano – Camargo Corrêa (Construção Pesada e Infraestrutura), Skanska do Brasil (Montagem Industrial), MRV (Construção Imobiliária) e Lenc Engenharia e Consultoria (Projetos) – ocorreu dia 24 de novembro passado no Museu Brasileiro da Escultura (Mube), em S.Paulo, ambiente que favoreceu uma análise da competência da engenharia brasileira em razão do que ela já construiu e do que vem realizando atualmente nas diversas áreas de sua atuação.
Joseph Young, diretor editorial da revista O Empreiteiro, que publicou o perfi l e destacou várias das obras das empresas premiadas na edição distribuída aos participantes, chamou a atenção para o espaço cultural onde estava ocorrendo o evento. Disse que o Mube, projetado pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha, é um legado permanente para a cidade e para esta e futuras gerações e que ele "nos remete à constatação de que obra de engenharia não deve ser algo episódico, mas o resultado de uma experiência que vai se renovando, se reciclando e jamais deixa de prescindir de manutenção ao longo do tempo para que continue atendendo aos seus objetivos".
Salientou que o Brasil conquistou o privilégio de sediar a Copa do Mundo e a Olimpíada. Por conta disso, agora a opinião pública daqui e do Exterior se pergunta se o País será capaz de entregar, no prazo, a extensa lista de obras previstas para as cidades-sede. Ele disse, textualmente: "Podemos afi rmar, com o conhecimento que temos da Engenharia brasileira, e de suas empresas – aqui representadas pelas quatro que estão sendo premiadas – que o Brasil pode, sim, construir e proporcionar um legado duradouro, a partir desses eventos, a muitas cidades brasileiras".

AS PALAVRAS DOS PRESIDENTES

Antônio Miguel Marques, presidente da Construções e Comércio Camargo Corrêa, falou do passado da empresa, que está completando 70 anos de atividades, e dos projetos futuros. Lembrou o período pioneiro de implantação, quando a empresa assinou o primeiro contrato de trabalho para fazer um trecho de 12 km da estrada Banhado Grande-Mina de Pescaria-Mina de Espírito Santo, em Apiaí, SP, e de sua trajetória ascendente, até tornar-se exemplo de construtora em vários nichos de atividades, em especial na construção de hidrelétricas. Hoje, ela é considerada uma liderança mundial em hidroeletricidade.

Sérgio Paulo Amaral dos Anjos, diretor comercial da MRV Engenharia, falou do trabalho da equipe dessa empresa, que com 30 anos de atuação no mercado, chega em 2009 com uma meta ambiciosa: lançar 40 mil unidades residenciais populares por ano. Adotando modelo construtivo próprio, de alvenaria armada, a empresa, segundo ele, aposta no pacote habitacional Minha casa, minhavida, do governo federal.
Alfredo Collado, presidente da Skanska Brasil, destacou que a empresa, conquanto tenha apenas sete anos de Brasil, possui origem sueca e seus antecedentes remontam ao século 19. Surgiu há 130 anos ligada inicialmente à indústria cimenteira; depois, evoluiu para a engenharia. E, mesmo antes de instalar-se no Brasil, já atuava na América Latina, com obras no Peru, Venezuela, Panamá e Colômbia. No Brasil, uma de suas obras-marco é o gasoduto Urucu- Manaus, inaugurado dia 25 último pelo presidente Lula da Silva.
Alexandre Zuppolini Neto, presidente da Lenc Engenharia e Consultoria, lembrou que a empresa surgiu como resultado da força de vontade e do idealismo dos engenheiros Douglas Fadul Villibor e Job Shuji Nogami, ambos professores da USP e engenheiros do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo. Disse que a empresa dispõe de equipe enxuta, mas altamente capacitada. Começou a funcionar inicialmente em Araraquara-SP e hoje mantém escritórios em diversas capitais. Como empresa projetista e de gerenciamento, está presente em obras diversas e das mais importantes, sobretudo no campo das obras rodoviárias.
No encerramento da premiação, Arlindo Moura, presidente da Câmara de Obras Públicas da CBIC, representando a CBIC e a Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas (Apeop), falou da capacidade da engenharia brasileira em suas diversas modalidades de atuação e reconheceu que ela está capacitada para realizar as obras que lhes sejam exigidas, tanto para a Copa de 2014 quanto para a Olimpíada de 2016. Mas considerou que é necessário planejamento e gestão efi ciente.
As empresas homenageadas receberam, além da premiação, um selo indicativo do título "Empresa de Engenhaia do Ano" concedido pela revista O Empreiteiro.


Fonte: Estadão


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