No embalo da Copa de 2014

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Para o consultor, Peter Alouche, da Trends Engenharia e Tecnologia nos dois últimos anos, muitos planos estão sendo elaborados, embora os investimentos nos sistemas metroferroviarios brasileiros ainda sejam muito escassos, exceção feita às redes do Metrô de São Paulo e da CPTM onde importantes obras e melhoramentos estão em curso. A construção da linha 4-Amarela, a decisão da extensão da linha 5-Lilás até Campo Belo, os editais para a compra de novos trens e novos sistemas de sinalização para o Metrô e a CPTM, são realidades promissoras. “O Governo do Estado tomou a decisão firme de transformar a rede da CPTM num metrô de superfície, decisão acertada, embora tardia”.

No seu entender, as perspectivas para os metrôs e trens no País são muito boas pelo fato do Brasil ser sede da Copa do Mundo de Futebol em 2014. Em função disso, importantes investimentos deverão ser feitos em sistemas urbanos sobre trilhos e corredores de ônibus, dentro do Plano de Mobilidade Urbana para a Copa do Mundo de 2014,anunciado pelo Ministério do Turismo. O plano prevê investimentos da ordem de R$ 38,5 bilhões nas cidades de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Niterói (RJ), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Fortaleza (CE), Recife e Olinda (PE), Natal (RN), Maceió (AL) e Brasília (DF) assim distribuídos.

De acordo com Alouche, a exemplo da cidade de São Paulo, Rio de Janeiro também tem projetos de longo prazo mas suas necessidades são imensas e prioritárias. “Infelizmente o Rio não tem investido como São Paulo nos seus sistemas de transporte público. Enquanto aqui o sistema de ônibus sofreu uma verdadeira revolução através da reorganização do sistema em corredores reservados e através da introdução do bilhete único, os ônibus do Rio ainda deixam muito a desejar”.

Também nos sistemas de transporte sobre trilhos, São Paulo avançou muito mais. O que salvou em tempo, o Metrô do Rio e a imensa Rede de subúrbio, da degradação contínuaque estava sofrendo na última década,foi a concessão dos sistemas. Com isso, a operação melhorou substancialmente mas a expansão prevista para o Metrô para chegar à Barra da Tijuca e a Niterói, ainda está na promessa.

VLTs são tendência?

Segundo Alouche, depois de décadas de incertezas quanto à viabilidade do transporte por veículos leves sobre trilhos em cidades brasileiras, em função principalmente da experiência mal sucedida na linha 2 do Metrô do Rio de Janeiro, a perspectiva de implantação desta modalidade de transporte urbano no Brasil já está praticamente certa. Seguindo o “boom” de VLTs que se verifica no mundo, muitos projetos foram desenvolvidos no Brasil e alguns sistemas estão até em licitação para sua construção.

Os projetos que parecem mais adiantados para serem implantados em cidades brasileiras, de acordo com o consultor são o SIM da Baixada Santista (SP), o VLT de Brasília (DF), o VLT de Vitória (ES) ligando esta cidade aos municípios de Serra, Vila Velha e Cariacica e, o VLT de Goiânia podendo ser implantado seja no eixo Norte- Sulaté o município de Aparecida, seja no eixo Leste-Oesto na Via Anhanguera. Há também perspectivas boas de implantação de VLT em dois ou três corredores da cidade de São Paulo, destacando-se aquele que liga o aeroporto de Congonhas ao Metrô. No Rio de Janeiro, há um VLT previsto para Niterói e São Gonçalo. As cidades do Nordeste, (João Pessoa, Maceió, Natal e Teresina) estão programando transformar seu antigo sistema de trens em modernos VLTs.

É preciso enfim citar o projeto de VLT do Cariri(PE), que já é uma realidade, com o veículo projetado e fabricado em Barbalha na região caririense. O VLT de Cariri ligará as cidades de Crato e Juazeiro do Norte, com 13 km de via e seis estações, numa linha férrea já existentee que será recuperada.

Fonte: Estadão


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