O ano em que Furnas começou as unidades II e III de Angra

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No começo de 1977 se iniciava uma movimentação inusitada na praia de Itaorna, em Angra dos Reis. As usinas nucleares Angra II e Angra III estavam sendo iniciadas simultaneamente. Angra III, no entanto, logo ficaria parada

Foi um registro histórico. A edição 109 desta revista noticiava, em chamada de capa, o começo das duas usinas, chamando a atenção para um fato curioso: a exiguidade do canteiro impunha a construção simultânea de duas usinas geradoras. Logo, porém, esse problema seria jogado para as calendas, uma vez que somente Angra II progrediu. Duas dificuldades impediram o avanço das obras de Angra III: a escassez de recursos e as dúvidas quanto aos riscos futuros. Hoje, essas dificuldades estão sanadas. Mas a obra só pode começar com a liberação de licença da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnem).
Na época, a revista enfocava, com maiores detalhes, a construção do edifício do reator de Angra II, projetado em forma de abóbada e cuja concretagem seria executada em três etapas sucessivas. Depois, mostrava os cuidados na pintura do revestimento – um dado considerado muito importante para facilitar o processo de descontaminação dos ambientes internos.
Nesse mesmo ano a revista informava que o Rio de Janeiro concluía a primeira etapa do metropolitano. O que chamou a atenção, na época, no processo de escavações, foi o uso de uma máquina, a Tone Boring, operada pela empresa japonesa Zenitaka. A máquina trabalhava basicamente em silêncio, escavando por perfuração rotativa, permitindo até o trabalho noturno em áreas densamente urbanizadas.
Nessa mesma época, já a partir da experiência com a linha Norte-Sul, o Metrô de São Paulo começava os trabalhos da Leste-Oeste.

Fonte: Estadão


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