Apesar dessa insuportável tolerância com os meios fundamentais para o alcance de metas mais realistas e urgentes, é consenso que a precariedade das estradas, portos, aeroportos e ferrovias não apenas retarda o imprescindível crescimento como um todo, mas também gera inúmeras e danosas ocorrências setoriais e até multinacionais.
O encarecimento da produção é hoje talvez o maior entrave que a nação enfrenta, também de modo amplo, geral e irrestrito. Aumentam tanto os custos dos produtos agroindustriais, que só sobrevivem competitivamente se fundamentados desde o início do processo por rápido e eficiente escoamento, principalmente aqueles de difícil e onerosa armazenagem em imensos containers empilhados pelos portos e estradas lindeiras em todos os pontos do Brasil.
O ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, afirma que o País poderia produzir 20% mais soja. Destaca que o Brasil perde competitividade porque o agronegócio está sendo estrangulado por falta de portos, rodovias, ferrovias e hidrovias.
A grita é geral, mas ainda não suficiente para obter resultados compensadores e imediatos.
Todos os Estados aguardam investimentos federais e parcerias com a iniciativa privada, indispensáveis para implementar melhorias e realizar as tão aguardadas ampliações das atuais malhas, algumas quase centenárias.
Apesar do reconhecimento social e oficial da urgência dessas medidas, o que se observa é o andamento cada vez mais frouxo das decisões e o aumento da desconfiança dos investidores, parte fundamental nas PPPs, das quais tanto se fala e se espera.
E ela decorre em grande parte pela injustificável inconstância no que se refere aos contratos, muitas vezes rompidos de maneira abrupta, gerando a insegurança fatal a qualquer tipo de negócio.
A presidente Dilma Rousseff reconhece a gravidade do problema e reitera sua convicção de que é necessário investir para melhorar o tráfego nas grandes regiões urbanas e nas rodovias para agilizar o escoamento da produção.
Destaca que o Brasil exige muitos empreendimentos nessa área, não apenas com os olhos na realidade, mas principalmente para planejar seu perfil para as próximas décadas.
Essa avaliação expressa no âmbito interno é corroborada pela visão externa manifestada pela titular do FMI – Fundo Monetário Internacional, que deixou clara sua visão dos desafios brasileiros. O País pode elevar os juros para conter a crescente inflação, mas a prioridade máxima deve ser desatar os nós que travam a produção e a exportação de seus bens.
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Ou seja, demolir ou ampliar os gargalos de sua infraestrutura arcaica e ineficiente. Só o aprimoramento desse setor fundamental daria ao Brasil novo e satisfatório ciclo de progresso nos negócios e maior desenvolvimento social.
São Paulo, detentor das 19 entre as 20 melhores estradas brasileiras, e apesar de todo o esforço do governo estadual, injetando recursos na ampliação e recuperação de rodovias, ainda carece de apoio federal e da iniciativa privada para construir estratégicas ferrovias e modernizar o Porto de Santos. O maior do país, mas comprovadamente arcaico e insuficiente para exercer plenamente sua função.
Com a inflação rondando, PIB minguando e a aproximação de grandes eventos esportivos, cresce a importância de se investir maciçamente nesse setor, também fundamental para o país se projetar no seio dos chamados BRICs (Brasil, Rússia, India e China) cujos parceiros oportunamente estudam a criação de um banco para financiar projetos dessa natureza.
E há que se pensar, ainda, na geração e produção de energia, antes que ocorram os temidos apagões que podem comprometer na raiz as metas desenvolvimentistas. Como não há passe de mágica capaz de solucionar todos os problemas, o fundamental é a existência de real vontade política e ação efetiva para transformar discurso em realidade. Menos idealização e mais trabalho é a real chave desse desafio.