O País registrou muitos avanços, ao longo do século passado, no campo das obras de abastecimento de água e de esgotamento sanitário. Um exemplo são as obras realizadas em Santos (SP) a partir de 1905, pelo engenheiro Francisco Saturnino Rodrigues de Brito, cujo planejamento previu a adequada separação dos esgotos sanitários, dos condutos para escoamento de águas pluviais, com estação elevatória dotada de motores-bombas elétrico-automáticos. A notoriedade de seu trabalho difundiu-se de tal modo, que ele acabou requisitado para atuar no saneamento do Recife, Belém, Aracaju e Rio de Janeiro, dentre outras cidades. É dele a experiência pioneira, desenvolvida em 1919 no Recife, do emprego do tratamento químico das águas.
A engenharia no campo do abastecimento de água evoluiria em São Paulo com a ideia concebida pelo engenheiro e escritor Euclides da Cunha, para a construção de obras destinadas à adução das águas do rio Claro. Contramarchas ao longo do tempo foram prorrogando as obras cujo projeto definitivo só veio a ser consolidado em fins dos anos 1950 pelo escritório do professor José Carlos de Figueiredo Ferraz. A construção só seria concluída em 1962 quando, com a construção da barragem, o sistema do rio Claro começou a aduzir 2 m³ de água por segundo. Os avanços prosseguiram em São Paulo e em outras regiões resultando nas grandes engenharias da época: o sistema Cantareira, em São Paulo, e o sistema do Guandu, no Rio de Janeiro.
A década de 1970 registra obras memoráveis na área do saneamento, tais como os emissários de esgotos de Salvador(BA), Ipanema (na cidade do Rio), Maceió (AL), Guarujá (SP) e Manaus (AM).
Fonte: Revista O Empreiteiro