A usina de asfalto em uso pelo Exército na BR-101 já foi sondada por empreiteiras para ser empregada em obras como a construção de novos setores do Rodoanel, em São Paulo.
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Engenheiros militares são constantemente assediados pelas construtoras e trocam o trabalho de farda pelo mercado privado, de olho em salários até quatro vezes maiores.
Não tem problema, não ficamos chateados – concede o general Jorge Ernesto Praxe, comandante do Grupamento de Engenharia de João Pessoa. – Faz parte da função social do Exército.
Em conta
A execução, pelo Exército, das obras, costuma sair, de acordo com o diretor de Obras de Cooperação do Exército, general José Cláudio Fróes de Moraes, de 10% a 15% mais em conta do que quando a iniciativa privada entra em cena. Legalmente, são as leis complementares 97/1999 e 117/2004 que tratam da organização das funções das Forças Armadas. Elas abrem a possibilidade do emprego do Exército em obras ordinárias.
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Uma das funções principais do Exército é adestrar-se, estar preparado para realizar, quando necessário, seu trabalho – sublinha o general.
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– Neste caso, está o mesmo trabalho de engenharia que faríamos durante uma guerra. A diferença é que estamos fazendo isso sem tiros disparados contra nós, o que facilita.
A parceria entre o governo e as Forças Armadas se ampliou tanto nos últimos meses com o PAC que começa a sobrecarregar a engenharia do Exército.
Já estamos operando praticamente com nossa capacidade total de operação – informa o general Fróes. – Mas é claro que fazemos o possível para atender a novas solicitações.
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Mesmo trabalhando próximo do limite, a engenharia do Exército começa a articular para se manter entre as opções preferenciais da União para a execução de obras. A DOC pleiteia, agora, participação nos projetos de continuidade da duplicação das rodovias do litoral nordestino.
Fonte: Estadão