Passa o primeiro navio no Canal do Panamá expandido

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Apesar do canal estar entrando em operação, seguem obras dos acessos e trabalhos dedesmobilização dos extensos canteiros

Depois de dez anos de obras e US$ 5,4 bilhões de gastos, a expansão do Canal do Panamá teve a primeira passagem de um navio. Foi no dia 9 de junho, quando um graneleiro de 255 m de comprimento cruzou de um oceano a outro pela estrutura, e fez o primeiro teste em grande escala do sistema eletromecânico do complexo. “Tudo funcionou conforme o planejado”, diz Ilya Espino de Marotta, vice-presidente executivo da Autoridade do Canal do Panamá.

No dia 26 de junho estava prevista a operação comercial do canal. Mas as obras continuarão. O consórcio construtor Grupo Unidos por el Canal (GUPC) ainda emprega cerca de 4 mil trabalhadores nas duas extremidades do canal. As equipes concluem as estradas de acesso e há ainda um esforço grande de desmobilização do canteiro.

“Um ano atrás, criamos um setor separado com um gerente de projeto apenas para a desmobilização”, lembra Giuseppe Quarta, CEO da GUPC, que inclui a espanhola Sacyr, a italiana Salini Impregilo, a holandesa Jan De Nul e a panamenha Constructora Urbana.

A equipe de desmobilização tem a tarefa de avaliar e vender centenas de veículos e equipamentos pesados; e desmontar complexas instalações temporárias, que incluem as maiores usinas de concreto do mundo. “Este não é um equipamento que se pode facilmente vender. Temos que contratar empresas de leilões especializados”, conta Giuseppe.

As plantas que produziram 4,7 milhões de m³ de concreto já foram desmontadas e embaladas em contêineres de transporte. Há também equipes trabalhando na restauração dos canteiros na sua condição original.

Enquanto isso, existe um grupo especializado em gerar mais de 80 mil certificados de qualidade e 16 mil desenhos as-built. “O fechamento do projeto será um extenso processo”, conclui o CEO.

Fonte: Revista O Empreiteiro


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