Petrobras vai investir R$ 131,6 bilhões em exploração e produção

A presidente da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, apresentou nesta terça-feira (11) o Plano de Negócios e Gestão 2012-2016 da Companhia em audiência pública conjunta das comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Serviços de Infraestrutura (CI), no Senado Federal, em Brasília.

Do total de US$ 236,5 bilhões de investimentos previstos para o período, a prioridade será da área de Exploração e Produção, para a qual serão destinados US$ 131,6 bilhões. Os investimentos em Abastecimento somarão US$ 71,6 bilhões; em Gás e Energia eles serão de US$ 13,5 bilhões. Outros US$ 10,7 bilhões serão destinados aos negócios na área Internacional; US$ 3,3 bilhões à Distribuição e US$ 2,5 bilhões aos Biocombustíveis.

Graça Foster destacou o crescimento do mercado de derivados no Brasil nos últimos anos, bem acima da média mundial. “Entre 2000 e 2011, a demanda por gasolina no mundo cresceu 15%, enquanto no Brasil o crescimento foi de 49%”, ressaltou. No mesmo período, o consumo mundial de diesel teve um incremento de 29%; no Brasil, o aumento da demanda foi de 43%.

Ao mesmo tempo, entre 2000 e 2011 a Petrobras registrou crescimento de reservas e da produção a produção de óleo muito acima da média mundial. A produção de óleo cresceu 73% no Brasil, contra 12% no mundo; a de gás natural teve um aumento de 61% no Brasil, contra 36% no mundo; as reservas de óleo brasileiras no período aumentaram em 73%, as mundiais em 38%.

Entre 2005 e 2010, mais de 50% das descobertas do mundo foram em águas profundas, sendo que o Brasil responde por 63% dessas descobertas. “Em 2030, o Brasil deverá ser o país com maior crescimento de produção entre os países que não fazem parte da OPEP”, disse Graça Foster.

Segundo a presidente, entre 2005 e agosto deste ano, a Petrobras notificou à ANP 63 declarações de descobertas na área do pré-sal. “No ano passado, o índice de sucesso que a Petrobras obteve no pré-sal foi de 94%, um índice esplêndido”, comemorou.

As reservas provadas da Petrobras somam atualmente 15,71 bilhões de barris de óleo equivalente (boe), que somados aos volumes potencialmente recuperáveis de 15,8 bilhões de boe levam a companhia a um horizonte potencial de reservas de 31,5 bilhões de barris de óleo equivalente.

“A prioridade absoluta da Petrobras é aumentar a produção de óleo, com investimentos pesados nas atividades de Exploração e Produção”, ressaltou a presidente. Segundo ela, as perspectivas positivas para o setor de energia e os resultados históricos obtidos pela companhia embasam a decisão de concentrar investimentos em E&P.

Graça Foster informou aos senadores o início da produção, no último dia 10, do FPSO Cidade de Anchieta. A plataforma, localizada no campo de Baleia Azul, na porção capixaba da Bacia de Campos, produzirá petróleo de alto valor comercial (28 graus API) e tem capacidade para processar, diariamente, 100 mil barris de petróleo e 3,5 milhões m3 de gás. A produção inicial está estimada em 20 mil barris por dia (bpd). Outros nove poços (seis produtores e três injetores de água) serão interligados à plataforma. A previsão é de que o pico de produção, de 100 mil barris por dia, seja atingido em fevereiro de 2013.

Ela destacou ainda o Programa de Aumento da Eficiência Operacional da Bacia de Campos (Proef), já em execução, que tem como objetivos melhorar os níveis de eficiência operacional e de integridade dos sistemas de produção e aumentar a confiabilidade de entrega da curva de óleo prevista no Plano de Negócios e Gestão.

Falou também aos senadores sobre os investimentos em execução e previstos na expansão do parque de refino, com vistas a equilibrar oferta e demanda de derivados no Brasil. Entre obras em andamento e projetos em avaliação, os investimentos somam US$ 71,6 bilhões até 2016. “Sem as novas refinarias, o Brasil chegaria a 2030 importando 35% dos derivados consumidos no País”, disse a presidente.

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