Essas avaliações foram apresentadas ontem ao Conselho de Autoridade Portuária (CAP), órgão que reúne representantes de todos os usuários do complexo.
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Os levantamentos estão sendo feitos pelo consórcio formado pelas empresas The Louis Berger Group e Internave Engenharia desde o último dia 27 de outubro.
O coordenador da equipe de consultores, Reynaldo Brown do Rego Macedo, explicou que, aoanalisar as operações realizadas nos terminais da região, logo se identificou que há perda de tempo com procedimentos durante as operações.
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Ele citou, por exemplo, o intervalo entre atracações de navios em um terminal de contêineres. “Detectamos que em algumas etapas antes e após o embarque e o desembarque, há espaços de tempo ociosos. Quando você reduz esse tempo perdido, aumenta a capacidade para movimentação de cargas”.
Macedo adiantou para A Tribuna que há um intervalo desperdiçado de três horas antes de cada operação de navios. Ele ainda disse que o número de contêineres operados por embarcação poderia ser maior, visto que as inspeções descobriram terminais que fazem menos de 30 por hora.
Por conta dos dados colhidos em visita aos operadores, o consultor afirmou que a melhor alternativa ao complexo será “racionalizar suas áreas”.
“Se isso não for suficiente, quando soubermos a demanda de cargas para o porto nos próximos anos, aí sim deve se pensar em expandir a infra-estrutura. Mas, primeiro, tem que avaliar a superestrutura (equipamentos)”.
A identificação do volume de mercadorias que poderá ser movimentado pelo porto é a etapa seguinte do trabalho. Macedo disse que as análises serão conhecidas em mais dois meses e dentro de “quatro a cinco”, serão compiladas.
Barnabé – Bagres
Questionado se o projeto Barnabé-Bagres (a construção de um conjunto de terminais no estuário) pode ser desnecessário, se as instalações conseguirem agilizar as operações, o coordenador disse que “algum dia esse empreendimentoserá preciso. Precisamos saber quando, se será em cinco, 10, 20 anos. Vamos analisar a partir da demanda de cargas”.
Avaliação
O Conselho de Autoridade Portuária pediu à equipe de consultores que insiram no trabalho tudo o que for preciso fazer para a expansão do Porto de Santos, e não somente o possível. A idéia da entidade é reunir informações e buscar apoio político para alterar marcos regulatórios que estejam impedindo o crescimento do porto.
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“Não podemos nos limitar só ao que pode ser feito. Temos que traçar o que precisa ser feito “, disse o presidente do CAP e secretário de Assuntos Portuários de Santos, Sérgio Aquino.
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Cenep
Na reunião de ontem, o Conselho de Autoridade Portuária (CAP) de Santos formalizou a documentação necessária para o registro jurídico do Cenep de Santos, primeiro centro de treinamento profissional do País voltado aos portuários. A medida é necessária para a obtenção do CNPJ da entidade, que já treina 1.155 trabalhadores, disse o presidente do CAP e secretário municipal de Assuntos Portuários e Marítimos de Santos, Sérgio Aquino.
Fonte: Estadão