Primeira edição de publicação eletrônica destaca TI e projetos globais

Newsletter ENR Global Insider OE começou a circular em  janeiro

A newsletter eletrônica quinzenal que as revistas ENR-Engineering News Record, da McGraw Hill, de Nova York, com mais de 100 anos de atuação no mercado editorial de construção e engenharia, e O Empreiteiro, que completou 50 anos em 2011, lançaram em conjunto em janeiro, abordou em sua primeira edição o uso frequente de tablets em canteiro de obras nos Estados Unidos, importantes projetos globais na área de petróleo, além de outros temas.

Extraído das edições eletrônicas e impressas da ENR, além do site www.enr.com, a newsletter promete ser um canal eletrônico eficiente de informação das principais iniciativas no campo da infraestrutura e da construção.
A seguir, reproduzimos as matérias publicadas na primeira edição da Newsletter ENR Global Insider OE.

EXPLODE O USO DE TABLETS EM CANTEIROS
NOS ESTADOS UNIDOS

Com a rápida difusão dos tablets, liderado pelo iPad e os que usam a plataforma Android, uma nova geração de aplicativos está chegando, muitos projetados pelas equipes internas das empresas de engenharia, sem ou com parceria com desenvolvedoras de software. Jason Burns, vice-presidente da gerenciadora Hunter-Roberts Construction, de Nova York, Estados Unidos, revela que 80% dos projetos da empresa usam o iPad nas obras gerenciadas por ela. 
A empresa inclusive opera quiosques de modelagem BIM (Building Information Modeling) – estações de trabalho com tablets conectados que disponibilizam modelos 3D e plantas para os encarregados avaliarem questões que precisam de resposta rápida na obra. Acompanhando essa tendência, uma série de aplicativos está surgindo, alguns dedicados a nichos de aplicação, preenchendo espaços não ocupados ainda por apps existentes. A Crescent Construction Solutions desenvolveu o app PunchList, que custa US$ 6,99 e marca os problemas na fase de projeto e pré-construção. Ele está disponível no site iTunes e tem interface com o serviço web gratuito DropBox, para subir e baixar grandes arquivos, imagens e vídeos. Outro app da empresa chama-se PourScore, que calcula índices de nivelamento de pisos baseado em padrões da indústria.

A Vela Systems, um player de porte neste setor, aponta que a questão do suporte é que vai definir se determinados apps valem seu preço. A empresa, por exemplo, lança upgrade a cada 45 dias, na App Store da Apple, tem interface com grande número de outros apps grátis ou baratos e oferece acesso ilimitado dos clientes a treinamento. Mas a verdade é que uma nova revolução está começando em apps dedicados às tarefas de construção, para uso em tablets no próprio canteiro.

MEGAPROJETOS CEDEM LUGAR
PARA GIGAPROGRAMAS EM
BUSCA DE RECURSOS NATURAIS

A indústria de petróleo e de mineração representa os contratantes de alguns gigaprogramas — compreendendo uma série de megaprojetos — que podem facilmente levar uma década ou duas na sua implementação, localizados em sua maioria no hemisfério sul. A Austrália hospeda diversos deles, que buscam produzir gás natural liquefeito (GNL) para satisfazer a demanda da China, Índia, Japão e outros países. O projeto Gorgon da Chevron, orçado em US$ 37 bilhões, produzirá 25 milhões t/ano de GNL e poderá ser ampliado. As obras estão contratadas com um consórcio liderado pela KBR. 

Um estudo da Credit Suisse aponta que muitos projetos de GNL foram acelerados nesse país, gerando uma carga enorme de trabalhos de engenharia e projeto preliminares ao longo de 2011 e 2012, que vão desaguar em contratos EPC. A empresa especializada na área Fluor informou em agosto passado um histórico backlog de US$ 40 bilhões em serviços, destacando-se a engenharia preliminar de 25 projetos de óleo e gás. Seu vice-presidente sênior, Robert Prieto, afirma que “a escala dos projetos está evoluindo de centenas de milhões para dezenas de bilhões, obrigando a engenharia a adotar uma nova abordagem”.
Outro aspecto que chama atenção é a necessidade de tocar projetos na África e América do Sul, com forte demanda por infraestrutura de logística e controle de impacto ambiental. Para um projeto de GNL no Peru em 2010, a CB&I holandesa contratou diretamente 13 mil trabalhadores, além de 25 mil empregos indiretos locais, e investiu 1 milhão de horas em treinamento de qualificação e segurança.
Umberto Sala, presidente interino da Foster Wheeler, aponta que a logística da construção modular num gigaprograma exige que os cronogramas de embarque de matéria-prima importada e o embarque de módulos prontos tenha alta precisão. Para empreendimentos de elevada complexidade, a capacidade de identificar, quantificar e gerenciar riscos torna-se fundamental — com o agravante de o período de execução se estender por 10 a 15 anos.

COMPLEXO  DE JUBAIL

Na Arábia Saudita, o consórcio Dow-Aramco já contratou cerca de metade dos projetos previstos no complexo petroquímico de Jubail, orçado no valor de US$ 20 bilhões. Jacobs Engineering ganhou um contrato de gerenciamento EPC, a um valor não divulgado; a sul-coreana Daelim Industrial faturou dois contratos EPC num total de US$ 162,7 milhões; Fluor conquistou um contrato de gerenciamento EPC de US$ 2 bilhões, envolvendo todas as utilidades offsite; e a Daewoo coreana venceu uma disputada licitação para executar um conjunto de tanques, ao valor de US$ 400 milhões.
O polo de Jubail representa uma guinada da petroquímica saudita. Ao ser concluído em 2015 com 26 plantas industriais, será um dos maiores do mundo, produzindo 1,5 milhões t/ano de etileno e 400 mil t/ano de propileno e outros produtos da cadeia química.

PROJETOS ATRASAM COM A CRISE INSTALADA EM ABU DHABI

Dezoito meses atrás, a capital dos Emirados Árabes lançou um ambicioso programa de projetos desenvolvimentistas, enquanto outros países enfrentavam a recessão. A crise, entretanto, chegou ao país, levando ao adiamento ou desaceleração de iniciativas, como a Ilha Saadiyat, um polo cultural estimado em US$ 27 bilhões, composto por três museus icônicos, filiais do Louvre e do Guggenheim, mais o Museu Nacional Zahyd. Abu Dhabi é o quarto maior produtor de petróleo do mundo e seu fundo soberano valia US$ 500 bilhões.

FUKUSHIMA RECEBE AJUDA GLOBAL DE ESPECIALISTAS

Um vasto grupo de técnicos pertencentes a empresas privadas e laboratórios governamentais está mobilizado nas usinas nucleares danificadas da Tepco, no Japão, nos reparos e trabalhos de descomissionamento que podem se alongar por dez anos. A Babcock & Wilcox forneceu um veículo de controle remoto para inspecionar os danos dos reatores. A Idaho Nationa
l Laboratories do governo americano enviou um robô que resiste a altíssimas radiações.
A Shaw Group e a Avantech, dos Estados Unidos, em conjunto com Toshiba e UOP/Honeywell, projetou e montou um sistema chamado Sarry, que recupera e filtra água contaminada, eliminando os elementos radiativos. Quando o filtro de 2 m de altura e 24 t retém o máximo de 200 mil curies, ele é trocado por meio remoto. Cinquenta t de água são tratadas por hora, para ser usada no resfriamento do reator. A Bechtel, valendo-se de sua experiência nos acidentes de Three Mile Island e Chernobyl, está atuando na identificação de resíduos radiativos, transporte e disposição final, junto com a Hitachi.

AS DEZ MAIORES PONTES ESTAIADAS DO MUNDO

O vão central de 1104 m da ponte estaiada de Russky Island vai estabelecer um novo recorde mundial quando essa travessia sobre o Estreito de Bosforo for aberta em 2013, na Turquia. Apenas duas outras pontes estaiadas têm vãos superiores a 1000 m. Nove das dez maiores estruturas estaiadas no mundo estão na Ásia, sendo seis na China.
Por enquanto a recordista é a ponte de Sutong, em Xangai, China, cujo vão central sobre o rio Ian-Tsé tem 1.088 m – no total, ela possui 8,2 km de comprimento; em segundo está a ponte Stonecutters, na entrada do porto de Hong Kong, cujo vão central mede 1018 m; em terceiro está a ponte de Edong, com vão central de 926 m e extensão total de 6,2 km, sobre o rio Ian-Tsé, no porto de Huangshi, China; em quarto, a ponte de Tatara, com vão principal de 890 m, que faz parte da rodovia Nisheseto, que liga a ilha principal de Honshu, no Japão, com a ilha de Shikoku, no Mar do Japão; na quinta posição está a ponte de Normandie, na França, com vão central de 856 m, sobre o rio Sena, no norte da França;  já em sexto, a ponte de Jingyue, com vão central de 816 m e extensão total de 5,4 km, que liga a cidade de Yueyang em Hunan com a província de Hubei, na outra margem do rio Ian-Tsé; em sétimo a ponte de Incheon, na Coreia do Sul, cujo vão maior mede 800 m na estrutura, que se estende por 12,3 km no Mar Amarelo; em oitavo, a  ponte de Ian-Tsé em Xangai, também na China, com vão central de 730 m e extensão de 16,6 km, que se conecta com um túnel de 8,9 km; na nona posição, a  ponte de Minpu, na China, com dois tabuleiros superpostos, com vão central de 708 m numa extensão total de 3,6 km, ligando o centro de Xangai com o aeroporto de Pudong; por fim, em décimo, uma terceira ponte sobre o rio Ian-Tsé em Nanjing, China, com vão de 648 m, com extensão completa de 15,6 km, incluindo alças de acesso.

REURBANIZAÇÃO RESGATA PORTO ANTIGO DE HAMBURGO

Ao custo de US$ 10 bilhões, uma zona industrial decadente de 388 ha está sendo transformada no chamado HafenCity — um distrito de uso misto que abriga edificações de renomados arquitetos, como Herzog & Meuron, Richard Meier e outros, em Hamburgo, Alemanha. Ao longo das margens do rio Elba, os antigos estaleiros e armazéns foram substituídos por escritórios, condomínios, cafés e restaurantes, além de espaços públicos e ruas arborizadas. Esta zona está sendo reurbanizada em torno de dez distritos distintos, que vai expandir a área urbana de Hamburgo em 40%, criar cerca de 45 mil empregos, e oferecer residências para 12 mil pessoas de variados níveis. Com cerca de 40% das obras prontas ou em curso, esse projeto em regime de parceria público-privada tem sua conclusão prevista para 2025, apesar de a crise global ter atrasado diversos empreendimentos de porte.

GLOBAL CONSTRUCTION SUMMIT EM NOVA YORK TERÁ PAINEL SOBRE O BRASIL

A próxima edição do Global Construction Summit, realizada a cada dois anos em Nova York, Estados Unidos, pela revista ENR – Engineering News Record, terá painel dedicado ao Brasil para tratar dos projetos de infraestrutura em andamento no País. O evento acontece no dia 11 de abril de 2012 e reúne os mais importantes nomes da engenharia mundial.

A ENR é uma publicação da McGrawHill, editora com mais de 100 anos de atividades e a principal no mundo com foco em Construção, Infraestrutura e Arquitetura. A revista O Empreiteiro é parceria editorial exclusiva da ENR no Brasil.

O tema geral da Global Construction Summit 2012 é “Estratégias para crescimento nos mercados globais”. Mais informações e inscrições pelo site http://construction.com/events/2012/globalsummit/

Por conta da realização de um painel exclusivo sobre o Brasil, o evento será uma oportunidade de exposição de empresas brasileiras no mercado global de Engenharia, Construção e Infraestrutura em um momento único. Para saber mais detalhes de como expor sua marca no evento, entre em contato com a revista O Empreiteiro pelo telefone (11) 3788-5500 ou e-mail comercial@revistaoempreiteiro.com.br
 

Fonte: Padrão

Deixe um comentário