Primeira turbina de Belo Monte deve operar em 2015

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As obras civis em andamento nos canteiros da usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, atingiram, este mês (julho), 30% de conclusão. A informação é do consórcio responsável pela obra, que apesar dos diversos adiamentos, em função de problemas ocorridos por conta de pendências diversas, incluindo invasões no local por grupos indígenas, vem procurando manter o cronograma.

Pelo cronograma, a primeira turbina, no Sítio Pimental, deverá entrar em operação em fevereiro de 2015. E, ainda segundo o consórcio, “todas as turbinas estarão em operação comercial a partir de janeiro de 2019”. Sobre correções eventuais no volume de investimentos, o consórcio informa que o valor total é de R$ 28,9 bilhões, corrigido pela inflação a partir do leilão.

Alguns marcos, em relação às obras, que o consórcio considera significativos, são os seguintes:

• Concretagem.Foi atingido, no começo deste mês (julho), a marca de 200 mil m3de concreto utilizado nas estruturas. A eficiência e o cumprimento dos prazos nos serviços de concretagem foram considerados fundamentais para a montagem dos demais componentes da casa de força principal. Até 2019, quando entrará em operação a última das 24 turbinas da usina, terão sido aplicados ali mais de 3 milhões de m³ de concreto.

• Sistema de Transposição de Embarcações (STE).A empresa diz ter cumprido o prazo estabelecido pelos órgãos de fiscalização e controle para instalação do Sistema de Transposição de Embarcações (STE), no Sítio Pimental. Ele foi inaugurado em janeiro deste ano e tem capacidade para transpor embarcações de até 50 t. O sistema garante a navegabilidade ao longo do rio Xingu durante as obras e após o início de operação da usina. De dezembro de 2012 a maio de 2013, 615 embarcações de pequeno, médio e grande porte já utilizaram este transporte, como canoas, barcos de madeira e voadeiras com motor de popa.

Os sistemas de içamento, pelos quais é realizado o transporte das embarcações, estão instalados nos píeres de jusante e de montante do rio e são interligados por uma pista de 700 m, cujo trajeto é feito por duas carretas também projetadas especialmente para o transporte das embarcações pesadas. Para as embarcações leves (voadeiras e rabetas), outro sistema de transposição foi instalado e opera continuamente no mesmo local. Belo Monte inova com a entrega do STE, sem que o rio Xingu esteja com seu fechamento concluído.

• Equipamento eletromecânico.A usina recebeu, em abril último, o primeiro equipamento eletromecânico: o revestimento do pilar de sucção da unidade geradora 01 (UG 01). A peça possui formato semelhante ao de um casco de navio e é toda revestida com aço. O pilar de sucção é uma grande estrutura de concreto que contém a força da água depois que ela cai e passa pelas turbinas para que o retorno da água ao rio seja feito com controle e o mínimo de impacto sobre o leito do canal de fuga. A peça protege a parte do pilar mais exposta ao impacto da água, depois de sua queda. Esta peça foi construída em Taubaté (SP) e compõe um grupo de peças essenciais ao ciclo de concretagem já iniciado na obra.

• Licenciamento ambiental.Foi atingida também a marca de investimentos de R$ 1 bilhão em condicionantes, projetos de desenvolvimento regional e termos de cooperação. O consórcio informa que, no âmbito do processo de licenciamento ambiental, desenvolve 117 projetos englobando os aspectos econômico, social e cultural na região de Belo Monte. Ele diz que investiu, até julho último, mais de R$ 1 bilhão por meio do Projeto Básico Ambiental (PBA), do Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu (PDRS Xingu) e do Plano Emergencial. “São investimentos na área socioambiental, que envolvem atividades como apoio à saúde, à educação, qualificação profissional, geração de emprego e renda, saneamento básico, segurança, meio ambiente (físico e biótico), aquisição e projetos para reassentamento urbano e patrimônio cultural, entre outros”.

Santo Antônio focaliza montagem da usina

A hidrelétrica de Santo Antônio está com cerca de 90% das obras civis concluídas. Os trabalhos agora se concentram no enchimento com água da casa de força 3, para iniciar os testes das máquinas e a geração de energia ainda neste ano das primeiras turbinas. Também há esforço concentrado na construção e montagem da casa de força 4.

Atualmente, são 14 unidades em geração de energia (das casas de força 1 e 2), das 44 previstas no total – em junho, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou com ressalvas a inserção de mais seis unidades geradoras na usina, perfazendo um total de 50, mas o Consórcio Santo Antônio Energia, proprietário da hidrelétrica, ainda não sabe se as instalará.

Caso seja confirmado acréscimo no número de unidades geradoras em Santo Antônio, a capacidade da usina passará de 3.150 MW/h para 3.580 MW/h. O aumento do número de turbinas significará também elevação da cota do reservatório da hidrelétrica de 70,5 m para 71,3 m, com a área alagada atingindo 430 km² (com 44 unidades geradoras o reservatório teria 350 km²). As seis novas unidades geradoras deverão ser instaladas na casa de força 4.

Trabalhos na hidrelétrica de Santo Antônio se concentram na casas de força 3 e 4

Um vertedouro principal, a maior estrutura do empreendimento, localizado no centro da usina, tem 15 comportas. Existe ainda um vertedouro auxiliar.

A previsão é que a usina de Santo Antônio, localizada no rio Madeira, em Porto Velho (RO), fique pronta em novembro de 2015. Há 14.250 trabalhadores no canteiro de obras hoje. As informações são do consórcio responsável pelas obras civis, formado pelas empresas Odebrecht Infraestrutura e Andrade Gutierrez.

O consórcio Santo Antônio Energia é composto de Furnas (39%), Odebrecht Energia (18,6%), Andrade Gutierrez (12,4%), Cemig (10%) e Fundo de Investimentos e Participações Amazônia Energia (20%). O custo total do empreend
imento é de cerca de R$ 15 bilhões.

Usina de Jirau ainda aguardainício de operação

As obras da hidrelétrica de Jirau, a cerca de 100 km de Porto Velho (RO), no rio Madeira, prosseguem, ainda aguardando o início do funcionamento da primeira turbina de um total de 50 para geração de energia – a previsão inicial do Consórcio Energia Sustentável do Brasil era de que a primeira unidade funcionasse em janeiro, mas houve atrasos por persistentes paralisações de trabalhadores.

O consórcio – composto das empresas GDF Suez (40%), Chesf (20%), Eletrosul (20%) e Mitsui (20%) – quer ter acionadas pelo menos 13 turbinas até dezembro. A perspectiva é de que a usina funcione com capacidade total a partir do segundo semestre de 2015.

A hidrelétrica é formada por duas casas de força: a 1, com 28 turbinas, na margem direita, e a 2, com 22 turbinas, na margem esquerda — todas serão do tipo bulbo. As primeiras turbinas a gerar energia ficam na casa de força 2. Um vertedouro com 18 vãos e uma barragem de 1,15 km completam a megaestrutura da usina.

A hidrelétrica tem custo orçado em cerca de R$ 14 bilhões e potência de 3.750 MW. As turbinas da casa de força 1 são fornecidas pela Voith, Andritz e Alstom. Já na casa de força 2, pela chinesa DEC – Dongfang Electric Corporation.

As obras civis – a cargo da Camargo Corrêa – já estão entrando na fase final e atualmente os serviços se concentram na montagem eletromecânica da usina.

Hidrelétrica de Jirau teve atrasos que comprometeram a geração de energia

Fonte: Revista O Empreiteiro


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