São Paulo volta a investir no transporte de passageiros sobre trilhos

Desde que a antiga Fepasa (Ferrovia Paulista S.A.) foi transferida para o governo federal, em 1998, o Estado de São Paulo não investia em transporte de passageiros entre municípios, salvo os remanescentes da antiga ferrovia na Região Metropolitana, que ficaram sob a guarda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CTPM). Ao se tornar federal, o foco da malha do interior do Estado passou a ser o transporte de cargas. As linhas foram privatizadas e passaram a ser operadas por empresas voltadas ao transporte de cargas.

buy isotroin online https://www.arborvita.com/wp-content/uploads/2023/10/jpg/isotroin.html no prescription pharmacy

As linhas de passageiros foram extintas.

Nos últimos anos, o governo estadual voltou a estudar o transporte de passageiros intercidades, como forma de estabelecer uma nova diretriz de mobilidade entre municípios importantes. O objetivo do Trem Intercidades (TIC), como o projeto foi batizado, é estabelecer uma rede ferroviária estruturada em eixos para atender as demandas de viagens entre cidades-polo das regiões metropolitanas do Estado de São Paulo.

TIC é parte do Plano de Ação de Transporte de Passageiros e Logística de Cargas para a Macrometrópole Paulista (PAM-TL), que prevê investimentos privados de cerca de R$ 70 bilhões, sendo R$ 54,2 bilhões na malha ferroviária em cinco regiões metropolitanas: São Paulo, Campinas, Sorocaba, Baixada Santista e São José dos Campos, segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer). Juntas, essas regiões concentram cerca de 70% do transporte de cargas do Estado e 32% do PIB nacional.

Segundo o secretário de Parcerias e Investimentos do governo de São Paulo, Rafael Benini, a proposta do Executivo paulista é ter linhas ferroviárias com modernos padrões de serviços e tempos de viagens competitivos, como modal alternativo para o atendimento de passageiros dos atuais serviços rodoviários e também de parte dos transportes individuais. “Rodovia não dá mais conta, é necessário investir em um transporte de maior capacidade como o trem. Com as novas tecnologias, ele se tornou um sistema com melhor qualidade, que pode atender à demanda de passageiros entre cidades de grande fluxo de pessoas.”

Segundo ele, os projetos vão gerar benefícios socioeconômicos por meio das novas conexões das cidades e bairros de forma mais eficiente e com redução do tráfego rodoviário. Além disso, os projetos terão índices de qualidade de prestação dos serviços aos usuários e vão trazer impactos econômicos positivos para a sociedade por meio da geração de empregos e renda. “Quando comparado ao rodoviário, o transporte ferroviário proporciona maior segurança, velocidade, sustentabilidade e menor custo final”, destaca.

O secretário revela que estão em estudos diversas ligações entre a capital e regiões metropolitanas do interior paulista e entre cidades dessas localidades. Entre elas, estão o TIC SP–São José dos Campos, TIC SP–Baixada Santista, TIC–São José dos Campos–Taubaté, TIC Sorocaba–Campinas–São José do Rio Preto e TIC Sorocaba–Bauru. Cada trecho tem suas particularidades. No trajeto a Sorocaba existe uma demanda maior, mas a rota de São José tem uma engenharia mais fácil e barata, segundo dados preliminares do governo.

Mas o maior deles (e já com edital na praça) é o TIC–Campinas, que fará a ligação da capital com a cidade do interior, com previsão de início das operações da primeira fase em 2029 e completo, dois anos depois. O projeto, que prevê investimentos de R$ 13,5 bilhões na modalidade de parceria público-privada (PPP), será leiloado ainda em fevereiro, segundo o governo de São Paulo.

A ligação entre a capital e Campinas, com parada em Jundiaí, terá cerca de 100 km de trajeto, oferecendo um serviço expresso entre a Estação Barra Funda e Campinas, com parada em Jundiaí. A viagem terá duração de 64 minutos, com 15 trens executando a operação. A tarifa média anual do serviço expresso será de até R$ 50 – montante estabelecido no edital do TIC. O valor máximo da tarifa estabelecida no edital é de R$ 64.

Uma questão que se impõe é se haverá interessados em tocar esses projetos, tendo em vista sua complexidade. “O projeto do TIC–Campinas é comentado desde 2000. Em 2010, os estudos avançaram e agora ele está maduro. É um projeto de qualidade, que deve atrair muitos players importantes”, acredita Benini, fazendo uma ressalva.

online pharmacy buy champix online with best prices today in the USA

“Na área da mobilidade sobre trilhos, a maior dificuldade não é a construção, material rodante, isso tem no Brasil, o mais complicado é encontrar operadores com capacidade para atuar em projetos dessa magnitude. Existem poucos. Esse é o maior nó que temos de desatar nesses projetos.”

Uma das novidades do edital é que o Estado garantirá 90% da receita estimada para o funcionamento do serviço expresso. Caso a arrecadação com as tarifas supere em 10% o total previsto, o lucro será igualmente repartido entre o Estado e o operador privado. Esses aprimoramentos vão garantir, segundo o governo de São Paulo, uma receita mínima para a operação do TIC, além de tornarem o modal mais competitivo e com preço justo para o usuário.

No projeto do TIC–Campinas há ainda o Trem Intermetropolitano (TIM), com cinco estações – Jundiaí, Louveira, Vinhedo, Valinhos e Campinas. A linha irá operar com sete trens e o percurso será de 44 km, com previsão de deslocamento de 33 minutos.

buy singulair online https://www.arborvita.com/wp-content/uploads/2023/10/jpg/singulair.html no prescription pharmacy

O valor máximo da tarifa do TIM será de R$ 14,05. Na estimativa do governo paulista, o empreendimento irá beneficiar cerca de 15 milhões de pessoas em 11 municípios, gerando mais de 10,5 mil empregos, entre diretos, indiretos e induzidos.

O Governador do Estado de São Paulo, Gerlado Alckmin, participa do Início da segunda etapa das Obras de reforma da Estação de Francisco Morato da CPTM Invest.: R$ 114 milhões.Local: Francisco Morato/SP Data: 17/02/2018 Foto: Mastrangelo Reino/Governo do Estado de São Paulo

A PPP também prevê a concessão da Linha 7-Rubi da CPTM. Ela vai operar entre as estações Barra Funda e Jundiaí. São 57 km, com 17 estações e 61 minutos de viagem. Além disso, 30 trens que fazem esse trajeto serão transferidos ao futuro concessionário, segundo o governo. Já o bilhete da Linha 7-Rubi seguirá a tarifa pública de R$ 4,40.

Prefeituras e governo federal devem participar do TIC. No caso dos municípios, eles entrarão com o uso das faixas do domínio como contrapartida às melhorias que as novas ferrovias devem levar. No âmbito federal, o TIC–Campinas, por exemplo, está no Novo PAC e tem garantido um financiamento de R$ 6,4 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). São Paulo vai entrar com R$ 8,5 bilhões (a previsão inicial era de investir R$ 6 bilhões), cerca de 75% do total do projeto.

buy nolvadex online https://www.arborvita.com/wp-content/uploads/2023/10/jpg/nolvadex.html no prescription pharmacy

Com isso, o valor de contraprestação a ser pago pelo governo estadual caiu de R$ 400 milhões para cerca de R$ 250 milhões ao longo dos 30 anos da concessão.

O primeiro critério de julgamento do leilão será o maior desconto sobre a contraprestação pecuniária máxima. O vencedor será o que apresentar a maior redução de pagamento, pelo Estado, pela prestação dos serviços. Caso seja ofertado desconto igual por mais de um licitante, o pregão será definido pelo segundo critério, que é o de maior redução do aporte do Estado no projeto.

Outros projetos sobre trilhos estão na mira da administração paulista.

online pharmacy buy phenergan online with best prices today in the USA

O governo de São Paulo contratou a International Finance Corporation (IFC), órgão ligado ao Banco Mundial, para a elaboração dos estudos para estruturar os serviços de transporte sob o regime de concessão, nas modalidades comum ou patrocinada, das Linhas 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, todas atualmente geridas pela CPTM. Para essas linhas, a ideia do governo é lançar o edital até o fim do ano, para fazer o leilão no início de 2025.

Uma PPP que deve ser lançada em 2025 incluirá a linha 10-Turquesa da CPTM (do Brás a Rio Grande da Serra) e um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de 33 km que será construído desde o zero – a Linha 14-Ônix, que deverá conectar Guarulhos ao ABC Paulista. Esta última tem o diferencial de ser uma linha perimetral, que irá favorecer os usuários que moram em regiões mais afastadas do centro da capital.

Deixe um comentário