Concebida como espaço público privilegiado, a praça é uma espécie de respiro no corpo da cidade, uma brecha aberta em meio à densa ocupação urbana. Entre nós, permanece a idéia do local público por excelência, destinado ao bem-estar e convívio dos cidadãos. Mas, seria esta a realidade das praças de São Paulo? Qual o estado de conservação dessas áreas, hoje?
Buscando responder à questão, o Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia (Sinaenco), realizou estudo, considerado inédito, sobre o estado das praças da maior metrópole do País. O levantamento avaliou, por meio de visitas in loco, diversos quesitos sobre estado de manutenção desses espaços públicos: arborização, acessibilidade, jardins, equipamentos de descanso e recreação, calçamentos, equipamentos culturais, iluminação, lago, chafariz, edificações, acessibilidade, limpeza, reciclagem, segurança etc. O estudo foi apresentado hoje (22 de agosto) na abertura do 7º Encontro da Arquitetura e da Engenharia Consultiva de São Paulo, no Centro Brasileiro Britânico, na capital paulista.
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A qualidade de vida das grandes cidades é um tema recorrente. Congestionamentos, insegurança, ausência de áreas verdes e outros problemas colocam em jogo o modelo de metrópole que vivemos, de acordo com João Antonio del Nero, presidente do Sinaenco SP.
“Queremos que as cidades sejam mais funcionais e humanas”, ressalta Del Nero. Campanha permanente pela manutenção O Sinaenco vem abordando a questão da manutenção de equipamentos e prédios públicos desde junho de 2005, por meio de estudos realizados em São Paulo e em outras capitais brasileiras, quando iniciou a Campanha Permanente pela Sustentabilidade do Ambiente Construído, intitulada “Infra-estrutura: prazo de validade vencido”. Os resultados obtidos ao longo desses anos foram muito satisfatórios. Em todas as cidades em que os estudos foram desenvolvidos, os administradores públicos se sensibilizaram com a questão e fizeram investimentos na área, recuperando pontes e viadutos. A Prefeitura de São Paulo ampliou, em 2005, ano de lançamento da campanha, sua verba para manutenção dos R$ 3 milhões inicialmente previstos para R$ 25 milhões, recuperando quatro pontes e viadutos. No maior e melhor exemplo até agora obtido pela campanha, a Prefeitura de São Paulo assinou com o Ministério Público estadual um Termo de Ajustamento de Conduta, pelo qual se compromete a investir R$ 85 milhões na recuperação de 58 pontes e viadutos examinados por técnicos do Sinaenco e do Instituto de Engenharia. Quinze dessas 58 pontes e viadutos já estão em alguma fase de obra; as demais devem entrar em processo de recuperação brevemente. Sinaenco Fundado em 1988, o Sinaenco é um sindicato que congrega mais de 12 mil empresas de arquitetura e de engenharia consultiva em todo o País, setor que constitui parte significativa da formação do patrimônio científico-tecnológico nacional. Essas empresas constituem o elo inicial da cadeia produtiva de setores significativos da infra-estrutura brasileira e são responsáveis pela elaboração de projetos e estudos de viabilidade, pelo planejamento e gerenciamento de empreendimentos nas mais diversas áreas, como transportes, telecomunicações, saneamento, energia, habitação e urbanismo. As atividades do setor, portanto, estão intrinsecamente ligadas ao planejamento estratégico e ao desenvolvimento do Brasil.
O evento, que mostrou esse estudo, começou às 10-h30, com a seguinte programação: 10h30 Apresentação do estudo à imprensa 11h30 Visita acompanhada por especialistas às piores praças de São Paulo 12h30 Almoço 13h30 Abertura do evento com a presença de autoridades municipal e estadual Agenda 7º Encontro de Oportunidades e Negócios para a Arquitetura e Engenharia Consultiva de São Paulo Data: 22 de agosto de 2007 Horário: das 13h às 20h Local: Centro Brasileiro Britânico R. Ferreira de Araújo, 741 – Pinheiros
Fonte: Estadão