Reduzir os custos e a burocracia interna, eliminar o retrabalho, aumentar a produtividade e dinamizar os negócios. Essas são as principais vantagens apontadas pelas construtoras para utilização dos sistemas integrados de gestão também conhecidos pela sigla ERP (do inglês Enteprise Resource Planning). Um dos programas utilizados na construção civil é o Corpore RM, da RM Sistemas, uma das maiores empresas de software do Brasil. O produto informatiza, entre outros, os processos de controladoria, finanças, estoque e logística, recursos humanos, manutenção e gestão de obras e projetos. “Além das funções específicas de cada módulo, o destaque do produto é seu grau de integração”, afirma Kenner Pereira de Oliveira, gerente de TI da Construtora Cowan. “Temos acesso on-line ao estoque, posição dos caixas, preços praticados pelo departamento de compras, dados de clientes e fornecedores. Com um banco de dados único tanto para a matriz como para as unidades de negócios fica fácil acompanhar, em tempo real, o que acontece na empresa.” Para Antonio Augusto Carneiro da Cunha, gerente de TI da Construtora AC Cruz, com a implementação do programa da RM, que levou cerca de oito meses, houve redução significativa da burocracia, diminuindo o trânsito de documentos dentro e fora da empresa, bem como o número de cópias realizadas. Até o volume de ligações telefônicas entre obra e escritório foi reduzido. “A diminuição do tempo de trabalho manual chegou a mais de um dia por mês, sem perda da qualidade.” Já Oliveira, da Cowan destaca a flexibilidade do produto. “O sistema se diferencia por ser leve, dinâmico e extremamente adaptável.” Para Cunha, a grande vantagem da utilização do ERP é o acesso rápido e seguro às informações de acompanhamento da obra no próprio canteiro, que já nasce com internet banda larga, via telefonia ou rádio. “É possível estar atualizado nos custos, prazos e detalhes da obra no laptop, tendo a possibilidade de redirecionar o projeto se for preciso.” O acesso remoto ao servidor da empresa permite a realização das tarefas on-line. O almoxarife da obra inclui os pedidos de compras no sistema, o setor responsável cota e faz a aquisição do material. Assim que a mercadoria chega, ele lança as notas fiscais no sistema. O estoque é atualizado, o contas a pagar é gerado on-line e o setor financeiro quita os títulos a pagar. Remotamente, o contador acompanha toda a contabilização. “O engenheiro na obra, o setor de engenharia e a diretoria no escritório ou em qualquer lugar com acesso à internet acompanham, em tempo real, o andamento da obra, identificando divergências de consumo, valores e prazos”, afirma Cunha. “As informações mais importantes estão disponíveis para os clientes, inclusive por meio do nosso site, assegurando a transparência.” De acordo com Oliveira, é possível levar para o canteiro todo o orçamento e o planejamento da obra, desde a fase de licitação. “Com isso, o engenheiro responsável pode saber a qualquer momento o que se espera em termos do cronograma de execução, preços dos insumos, índices de produtividade e a necessidade de equipamentos e mão-de-obra. Com esses balizadores sempre à mão fica mais fácil determinar os caminhos a seguir.”
20 ANOS DE ESPECIALIZAÇÃO
Com 20 anos de atividades, a RM Sistemas, com sede em Belo Horizonte, é especializada no desenvolvimento, comercialização, implantação e suporte de softwares de gestão empresarial para pequenas e médias empresas. A companhia, que pertence ao grupo Totvs, holding que controla também a Microsiga e a Logocenter, conta com perto de 20 mil clientes espalhados por todo o País. Fatura cerca de R$ 140 milhões e cresce ao ritmo de 25% ao ano. Segundo levantamento da FGV, em 2006, as empresas do grupo Totvs somaram 24% do mercado brasileiro de aplicativos de gestão, superando a alemã SAP, que possui 23%.
Fonte: Estadão
