Vem aí um pacote de obras rodoviárias. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informa que nada menos que R$ 8 bilhões serão empregados em duplicações, acessos, pontes, viadutos e travessias de áreas urbanas. Um tsunami de obras que alcançará possivelmente até mais de 6,4 mil km de estradas, predominantemente nas regiões metropolitanas das capitais do Sul, Sudeste e Nordeste.
Serão 400 licitações que têm em vista converter em obras concretas cerca de 100 projetos rodoviários. E, o modelo de contratação, será o Regime Diferenciado de Contratações (RDC), que o governo considera mais apropriado para essas urgências.
Estão listados como prioridades os anéis viários do Recife e de Belo Horizonte, além de trechos da BR-101 na Paraíba, Bahia-Sergipe e Rio-São Paulo. Óbvio que muitas dessas obras são prioridades há muito tempo, embora há anos não viessem sendo tratadas como tal.
São exemplos disso os contornos do Recife e de BH.
Mas, nada como um dia depois do outro para surgirem mudanças. E, ano de disputa eleitoral é assim mesmo. De repente, as prioridades acontecem e os recursos para obras de impacto começam a ser liberados.
Não deixa de ser positivo o gesto do governo. Mas não deveria ser assim. As nossas prioridades em infraestrutura, energia, saúde, saneamento e habitação, dentre outras, são diárias e recorrentes.
E nem deveriam constar de uma programação de obras urgentes, mas de uma rotina administrativa regular, de modo a facilitar o acompanhamento do principal interessado: a sociedade. E, sem impactos sensacionalistas.
Anúncios de impacto chamam a atenção.
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E, a essa altura, por conta das eleições, as obras nessa condição adquirem uma feição que, se de um lado, é importante, por causa de sua essencialidade, de outro é oportunista e desperta interrogações: Será que, depois das eleições, elas continuarão a ser tão urgentes assim? E as apregoadas obras de mobilidade urbana para a Copa, que também eram da maior urgência, já perderam, acaso, o viés de urgentes? Aqui, por causa das conveniências de toda ordem, o que é urgente hoje, pode deixar de ser urgente amanhã.
Fonte: Nildo Carlos Oliveira