A Techint encerrou, em dezembro de 2006, o Projeto da Plataforma de Rebombeio Autônoma PRA-1, para a Petrobras, que consistiu, pelo contrato, em detalhamento, fornecimento de materiais, construção e montagem, embarque, amarração e aplicação de estacas na balsa e estaiamento da jaqueta. A obra, considerada de grandes dimensões, utilizou 1.200 homens trabalhando durante 24 meses e cerca de 8.000 t de estruturas metálicas. Foram 2,6 milhões de horas/homem trabalhadas sem acidentes com afastamento. A Petrobras elegeu a Techint Brasil como merecedora do prêmio de QSMS – Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde, entre todas aquelas que prestaram serviços à sua divisão de Engenharia no ano de 2006”, afirma o diretor-geral da empresa, Ricardo Ourique. Desde 2003, quando conseguiu a certificação do Sistema da Gestão Integrada (SGI), a empresa concorria ao prêmio. Segundo Ourique, com a PRA-1 a Petrobras passou a escoar 630.000 barris/dia de petróleo com a nova jaqueta, que foi fixada a 136 km da costa, na Bacia de Campos (RJ), a uma profundidade de 110 metros. A PRA-1 vai viabilizar o escoamento da produção de petróleo e gás natural proveniente das plataformas P-52, P-55 e Módulo 34 (Campo de Roncador), P-51 e P-40 (Campo de Marlim Sul) e P-53 (Campo de Marlim Leste), localizadas em profundidades superiores a mil metros. Um dos destaques da obra segundo o diretor-geral foi o processo de Load Out, que significa o deslocamento da jaqueta do canteiro onde foi construída para a balsa do cliente para o transporte à Bacia de Campos. O processo durou três dias e, para seu sucesso, foram utilizados quatro macacos hidráulicos de 450 t cada, acionados por unidades hidráulicas, e dois pontos de ancoragem instalados na balsa através de 108 cabos de tração. “Foi muito interessante participar dessa etapa, pois uma estrutura metálica como a jaqueta é do tamanho de um edifício”, diz Ourique. Com mais de 700 empreendimentos já realizados, a Techint Brasil é membro do Grupo de mesmo nome, criado na Itália nos anos 1940 e que posteriormente fixou-se na Argentina, México e Chile. No Brasil desde 1947, a marca divide-se atualmente entre a Techint Engenharia & Construção, TenarisConfab (um dos maiores fabricantes de tubo de aço da América Latina), Exiros e Soco-Rio. Ricardo Ourique afirma que, no projeto PRA-1, houve uma grande repercussão tanto interna quanto externa para a empresa. “Afinal, há 20 anos não era construída uma jaqueta no Brasil, sendo que a última foi para a plataforma Vermelho 3, também realizada pela Techint”, disse.
Fonte: Estadão