Tecnologia agiliza identificação de cargas em porto

A legislação que determina a implementação de sistemas de identificação de mercadorias e tráfego de veículos, em locais de movimentação de cargas para embarque e desembarque nos terminais portuários do País, tem exigido de empresas que implementam equipamentos de monitoramento trabalho dobrado. É que a maioria dos portos brasileiros nunca previu esse tipo de monitoramento nem tampouco máquinas de controle de execução de tarefas.

“A infraestrutura no Brasil não contempla processo de automação”, conta Maxwell Rodrigues, vice-presidente da HTS Brasil, empresa que representa no País, empresa que representa no Brasil a israelense HTS, líder global em tecnologia para reconhecimento de dados. Isso faz com que a companhia invista no desenvolvimento de projetos específicos para cada operação.

“Automação tem pouca participação em projetos de infraestrutura no Brasil. Isso é um problema que vem depois”, conta, destacando que muitas vezes falta espaço físico nos terminais para fazer instalação de sistemas que, na verdade, vão fazer toda diferença no aumento da produtividade no porto.

A empresa aplica a tecnologia OCR (Optical Character Recognition; Reconhecimento Ótico de Caracteres) que utiliza câmeras e softwares para, por exemplo, fazer leitura de placas de veículo, número do contêiner e inspeção de danos neste último em pátios de terminais, com controle em tempo real. Atualmente, a HTS introduz esse sistema no Tecondi, no porto de Santos – são 20 pórticos sendo implementados para reconhecimento de caminhões e dois para trens. A identificação é feita durante a entrada ou saída de veículo, ainda em movimento, com base em um conjunto de sensores. O próximo passo da empresa é o serviço de autoatendimento do veículo.

De acordo com o Tecondi, o sistema também garante segurança, pois ele verifica se a carga pertence ao terminal, se está agendada, se possui liberação pelos órgãos competentes etc.

“Há portos tão automatizados, como o de Algeciras (sul da Espanha), que somente sete pessoas trabalham no terminal”, exemplifica Maxwell.

A HTS está estabelecida em Santos (SP) há quatro anos e, em breve, inaugura escritório em São Paulo. A empresa já desenvolveu ou desenvolve sistemas de identificação nos terminais da Libra, Ultra, Stothaven e Rodrimar, todos na Baixada Santista. (Augusto Diniz – Santos/SP)

Fonte: Revista O Empreiteiro

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