Transnordestina, a ferrovia da integração

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No empreendimento da Ferrovia Transnordestina, a Concremat responde por dois contratos. Um, com o governo do Ceará, que no momento está paralisado e outro, que está em desenvolvimento, com a Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN), controlada pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), e prevê a elaboração de projetos para o trecho de Missão Velha até o Porto de Pecém, perfazendo 527 km de extensão.

“A Concremat executou os projetos básico e executivo, sendo que este acaba de ser entregue para Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)”, informa Gilberto Gonçalves. O contrato foi assinado em abril de 2007.

A Transnordestina integra a malha ferroviária do Nordeste brasileiro e foi concebida para descongestionar o tráfego da região. A obra é um dos carros-chefe na área de logística de transportes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal.

Ela vai proporcionar interligação mais eficiente entre os estados nordestinos e poderá ter trens transportando 11 vezes mais carga do que as máquinas atuais, elevando a capacidade de escoamento. A ferrovia servirá para escoar a produção agrícola do Nordeste, região carente em logística de transporte, através dos portos de Pecém (CE) e de Suape (PE). A expectativa é de que, com a nova Transnordestina em operação, vários setores locais da economia sejam impulsionados. As exportações e o agronegócio deverão ser potencializados, já que a ferrovia terá capacidade de movimentar 30 milhões de toneladas de carga por ano.

Outras características

A ferrovia ligará Eliseu Martins ao Porto de Suape, com entrega prevista para 2010, e ao Porto de Pecém, em 2013. Será construída com bitolas larga e mista, com rampa máxima compensada de 0,6% (sentido exportação), rampa máxima compensada de 1,0% (sentido importação), e raio mínimo de curva de 400 m.

Os terminais portuários de exportação de granéis sólidos serão instalados estrategicamente próximos aos principais mercados consumidores e em portos capazes de operar com navios cape size, garantindo competitividade ao negócio.

O investimento previsto na ferrovia é de R$ 4,5 bilhões. Os recursos são da concessionária da obra (R$ 300 milhões) e de financiamentos do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste e do Fundo de Investimentos do Nordeste (R$ 3,5 bilhões). Outros R$ 400 milhões serão de empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e R$ 250 milhões virão de novos sócios.

Fonte: Estadão


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