A principal obra da Águas do Mirante em Piracicaba (SP) foi a com a construção da ETE Boa Vista. A capacidade da unidade é de 436 l/s, para atender 165 mil habitantes – o município tem hoje cerca de 400 mil habitantes.
Ela é parte importante da concessionária ter alcançado a universalização do tratamento de esgoto na localidade.
Ocupando uma área total de 48 mil m², a planta oferece alta eficiência energética.
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Rudner Sapla, engenheiro sanitarista da Aegea, explica que o custo de energia representa, em média, 70% dos gastos de uma ETE, mas com a aplicação de moderno equipamento de aeração na Bela Vista, esse índice pôde cair para menos de 50%.
Nos tanques de aeração foram usados sopradores de ar tipo parafuso, da Atlas Copco, de alta eficiência energética, em substituição a tecnologia tradicional de lóbulo rotativo. “O custo deste equipamento é mais alto, mas o retorno do investimento é rápido”, afirma.
Atenção no projeto à compatibilidade das obras civis com a montagem foi fundamental
Rudner relata ainda que a estação faz nitrificação e desnitrificação – prática pouco usual em ETEs -, além de realizar remoção de fósforo e nitrogênio.
Isso dá um grau de qualidade à água com destino final ao rio Piracicaba muito acima do exigido, expõe o engenheiro.
As obras da planta ocorreram durante quase todo o ano de 2013.
“Focamos em um projeto de baixa manutenção e custo operacional”, conta o engenheiro civil Clayton Bezerra, gerente Operacional de Águas do Mirante. Ele relata que a necessidade de construção da ETE em prazo curto, fez com que as suas grandes estruturas fossem todas moldadas in loco, utilizando formas metálicas. Além disso, para acelerar a obra, foi aplicado aditivo para cura do concreto.
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A ETE Bela Vista possui três tanques de aeração, três decantadores, tratamento bruto e tanque de contato, além de áreas auxiliares, como desaguamento de lodo, casa de sopradores, subestação de energia de 1.500 kvA e salas administrativas.
Segundo Rudner Sapla, foi preciso um projeto afinado envolvendo a parte civil, de montagem hidromecânica, e de instalação de equipamentos, tubulações, elétrica e automação, para executar a ETE.
“Havia muitos detalhes importantes na construção, com interfaces hidráulicas, elétricas e civil, principalmente no desenvolvimento dos tanques”, descreve Rudner.
“Deve-se respeitar uma ordem e, principalmente, as especificações dos equipamentos para não se ter retrabalho”.
Rudner Sampla e Clayton Bezerra: Diminuição de custo de energia
A obra foi dividida em duas fases. Na primeira fase foram construídos dois tanques de decantação e dois tanques de aeração; na segunda, executou-se mais um tanque de decantação e um tanque de aeração.
Fonte: Revista O Empreiteiro