Empresa possui importante Base de Construções OffShore em Niterói (RJ)
A UTC é proprietária da Base de Construções OffShore localizada em Niterói (RJ), um dos mais importantes núcleos de construção naval do País. Ela possui condições privilegiadas para atender ao fornecimento de unidades marítimas destinadas às plataformas de petróleo e está capacitada e dimensionada para atender à demanda crescente desse tipo de construção. E os contratos com a Petrobras demonstram a capacidade técnica da empresa no setor de óleo e gás. A UTC é a responsável pela fabricação de nove módulos para a Petrobras Netherlands BV, parte já entregue, sendo cinco módulos de processo da FPSO P-57, dois módulos de geração de energia da semissubmersivel P-56, módulo de compressor booster& desidratação e módulo de remoção de CO2 por amina da FPU (Floating Production Unit) P-55.
O gerente de contrato da UTC, Mauro Lopes, explica a importância dos contratos: " Executamos três importantes projetos para as Plataformas P55, P56 e P57, da Petrobras. Foram dois módulos de tratamento de gás, dois de geração de energia elétrica e quatro de processamento de óleo e gás. Para dar uma ideia do que isso significa, cada módulo, com 1,2 milhão kg, equivale ao peso de 15 Boeings 747. E essas construções, pela primeira vez, foram executadas simultaneamente. Essa tecnologia para o tratamento de gás da P55, empregando aminas como agente de absorção, também é inovadora na área offshore. Os módulos da P56 e P57 já foram entregues, rigorosamente no prazo de 24 meses e 18 meses, respectivamente. Já os módulos da P55 estão em fase final de conclusão, com entrega prevista para janeiro de 2011".
Nas obras que chegaram a ter no pico, em abril desse ano, 2.423 colaboradores, foi utilizada alta tecnologia para soldagem de aços especiais, como a super dúplex, empregada nas tubulações da P57 para resistir à corrosão provocada pela salinidade.
P-57
O escopo de trabalho nos módulos de processo para a FPSO P-57 (Floating Production Storage and Offloading) compreende a fabricação de cinco módulos na Base de Operações Offshore Niterói, incluindo os serviços de projeto executivo, suprimento, construção e montagem, deslocamento dos módulos e sua entrega à Single Buoy Mooring Inc. com a fixação na balsa para transporte até o local de integração.
Os módulos para a P-57 são: M-02 – processamento de óleo (pré-desidratação e tratador eletrostático); M-09 – tratamento de água do mar, coluna de desaeração e injeção química; M-10 – bombas de água de injeção e sistema de resfriamento médio; M-15 – área de carga e injeção química; e
M-16 – desidratação de gás, vaso do queimador de alta/baixa pressão e sistema de gás combustível.
O navio-plataforma P-57 foi batizado no início de outubro e irá operar no campo de Jubarte, na porção capixaba da Bacia de Campos, a 80 km da costa do Espírito Santo. Segundo a Petrobras, essa unidade inaugura uma nova geração de plataformas, concebidas e montadas a partir do conceito de engenharia que privilegia a simplificação de projetos e a padronização de equipamentos.
A P-57 integra a segunda fase de desenvolvimento do campo de Jubarte. Ancorada a uma profundidade d´água de 1.260 m, produzirá petróleo de 17 graus API. Ela terá capacidade para processar, diariamente, até 180 mil barris de petróleo e 2 milhões m3 de gás. Começará a operar ainda este ano, interligada a 22 poços, sendo 15 produtores e sete injetores de água. Será a primeira unidade dessa complexidade a operar na costa do Espírito Santo. O seu pico de produção deverá ser atingido até o início de 2012. O petróleo produzido será transferido por navios aliviadores para terra. E o gás será escoado por gasoduto submarino para a Unidade de Tratamento de Gás Sul Capixaba, localizada na região de Ubu, no município de Anchieta, a cerca de 100 km de Vitória.
P-56
Os módulos de geração de energia (M 9A) e (M9B) para a semissubmersível P-56 compreendem a fabricação de dois módulos na Base de Operações Offshore Niterói, incluindo os serviços de projeto executivo, suprimento, construção e montagem, deslocamento dos módulos e sua entrega com a fixação na balsa e transporte até o local de integração em Angra dos Reis (RJ). Cada um dos dois módulos de geração, com 50 MW de potência, tem capacidade de suprir de energia uma cidade de 140 mil habitantes.
A P-56 tem como objetivo a antecipação da produção do módulo 3 do Campo de Marlim Sul e é uma cópia da P-51, a primeira do tipo semissubmersível totalmente construída no Brasil. Posicionada em águas de 1.700m de profundidade e a, aproximadamente, 124 km do litoral, a P-56 terá capacidade para processar e tratar diariamente 170 mil barris de líquidos, 100 mil barris de petróleo de 16°API e 6 milhões m3 de gás natural. A plataforma pesa 50 mil t, tem 85 m de largura e de comprimento e 125 m de altura, devendo operar por 25 anos.
A UTC entregou os dois módulos de geração de energia em janeiro desse ano, dentro do prazo estabelecido pela Petrobras, de dois anos. Nesse período, a empresa conquistou o Prêmio Petrobras de Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde (QSMS) edição 2009, ficando em primeiro lugar na categoria Construções Marítimas.
A engenharia demandou 5 mil homem-horas. Já o tempo gasto na construção foi de 300 mil homens-hora por módulo. Foram utilizados 40 mil m de cabos e realizadas 25 mil ligações.
M7 e M8
Para o módulo de compressor Booster & Desidratação (M7) e o módulo de Remoção de CO2 por amina (M8), ambos da FPU P-55, os trabalhos da UTC incluíram a fabricação de dois módulos e os serviços de projeto executivo, suprimento, construção e montagem deslocamento dos módulos e sua entrega com a fixação na balsa e transporte até o local de integração, em Rio Grande (RS), incluindo Load-In.
Peso dos módulos
Geração da P56 – 1.200 t
Tratamento de gás TEG P55 – 500 t
Tratamento de gás amina P55 – 900 t
Injeção de água P57 – 790 t
Tratamento de óleo P57 – 740 t
Tratamento de água P57 – 885 t
Desidratação de gás P57 – 630 t
Área de carga P57 – 126 t
Fonte: UTC
Sistema de energia elétrica e térmica
entra em
fase de testes
Projeto de ampliação da central de utilidades deixará o Cenpes entre os mais avançados do mundo
O Centro de Pesquisas da Petrobras, atualmente o maior Complexo de Pesquisas da America Latina, associa modernidade e tecnologia de ponta com conceitos de eficiência e sustentabilidade.
A ampliação incorpora um centro integrado de processamento de dados (CIPD), um centro de realidade virtual(CRV), e 227 laboratórios de pesquisas nos diversos segmentos da indústria do petróleo e energia, instalados em 23 prédios com amplo centro de convenções. A central de utilidades do Cenpes, responsável pelo fornecimento de energia elétrica e térmica para todo o complexo está sendo implantada pela UTC. O Cenpes faz parte de um modelo de parceria tecnológica que abrange 50 pontos de rede,alinhados com os desafios tecnológicos da empresa. Foram identificados 50 temas de interesse tecnológico e as universidades brasileiras que têm maio capacitação em cada um desses temas. No conjunto , a rede inclui 80 universidades e institutos de pesquisa do rio de janeiro e São Paulo, além de universidades das regiões Nordeste, Sul, Norte e do Centro-Oeste. A área construída dos laboratórios dessas universidades equivale a quatro vezes a área do cenpes. Assim, na prática é como se quadruplicasse a capacidade de pesquisa, com a construção dessas redes e da infraestrutura associada.
A unidade de co-geração
A unidade de co-geração de energia com a capacidade instalada de 10 MVA de geração a gás natural, mais 10 MVA de geração a diesel e capacidade térmica instalada de 5.700 TRs, para suprir todo o sistema de refrigeração de ar dos laboratórios e do Centro Integrado de Processamento de Dados (CIPD), localizado na Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro – RJ. A central de co-geração a gás natural é responsável pelo fornecimento de energia elétrica e demais utilidades aos Cenpes. De água gelada, passando pelo vapor, até o ar comprimido e vácuo, todo esse trabalho está a cargo da UTC.
O gerente de contrato da obra , engenheiro Mauro Cruz explica: " Nosso trabalho incluiu a elaboração de projeto executivo, fornecimento de equipamentos e materiais, construção civil, montagem eletromecânica, tubulações e comissionamento das instalações dos sistemas operacionais que são: Co-geração, Geração de Emergência (Motor a Diesel), Elétrico, Gás Natural, Vácuo, Combate a Incêndio e Supervisão e Controle.
Atualmente, o projeto está em fase final de testes. Alguns dos sistemas que implantamos já estão em operação em regime contínuo desde julho último, por exemplo, o sistema de água gelada para o ar condicionado do CIPD. Outros sistemas entrarão em operação até 31 de março de 2011 quando a implantação estará terminada".
O projeto desenvolvido e executado pela montadora chegou a ter mais de 1.500 colaboradores no período de pico da obra, entre funcionários da empresa e sub-contratadas.
Mauro Cruz aponta a tecnologia utilizada como o grande diferencial do projeto. Ele cita: geração própria com motogeradores a gás natural operando em paralelo com a concessionária de energia, além de ter também motogeradores a diesel em back-up em casos emergenciais, conferindo desta forma maior confiabilidade, flexibilidade e continuidade no fornecimento de energia; sistema de co-geração de energia com o aproveitamento térmico dos gases de exaustão dos motogeradores para a produção de vapor, água quente e água gelada; controle de geração e importação de energia da concessionária de alta performance com a utilização de controladores de última geração comunicando-se em rede LON, conferindo alta velocidade de varredura e descarte de cargas otimizados; distribuição de 13,2 Kv em duplo anel com alimentação de energia redundante para os CDC´s de 480 V;Utilização de Painéis elétricos compartimentados com extração de disjuntores motorizado, conferindo alta continuidade e segurança operacional;Utilização de relés digitais microprocessados interligados em rede com protocolo de comunicação IEC 61850". E completa: "Ao fim da obra de ampliação, teremos um dos mais expressivos Complexos de Pesquisa aplicada em petróleo do mundo".
Principais Quantitativos
Numero de equipamentos mecânicos – 242
Numero de equipamentos elétricos – 206
Peso de tubulação – 550 ton
Quantidades de cabos elétricos – 400.000 m
Número de instrumentos – 1.200
Estrutura Metálica Primária dos Prédios: 2.500 Ton
Suportes e Estruturas Auxiliares- 409 ton
Fonte: Estadão