O inusitado da obra se dá, em especial, porque os tabuleiros centrais serão em curva com sobre-elevação, características consideradas inéditas por se tratar de pontes estaiadas. Tão importante quanto o ineditismo tecnológico é o benefício que a obra trará para a cidade de São Paulo. As pontes terão papel fundamental na melhoria do fluxo de veículos na região sul da cidade, interligando a avenida Jornalista Roberto Marinho (antiga Água Espraiada) e as duas vias da Marginal Pinheiros (direita e esquerda). O Complexo Viário Real Parque, que deverá ser totalmente entregue à população em março de 2008, foi parcialmente colocado em funcionamento em 24 de março de 2006, quando a prefeitura da cidade de São Paulo inaugurou dois viadutos, denominados José Bonifácio Coutinho Nogueira. Um na conexão entre as avenidas Jornalista Roberto Marinho e Nações Unidas (marginal direita do Rio Pinheiros sentido Interlagos-Jaguaré), passando sobre a Avenida Engenheiro Luis Carlos Berrini. E o outro, no sentido contrário, passando sobre a avenida Dr. Chucri Zaidan. A liberação do tráfego nesses viadutos, segundo a Empresa Municipal de Urbanização (Emurb), melhorou sensivelmente o acesso à Marginal Pinheiros com a eliminação do semáforo no cruzamento das avenidas Jornalista Roberto Marinho e Engenheiro Luiz Carlos Berrini, proporcionando redução de 10 minutos nas viagens em horário de pico. O Complexo Viário Real Parque faz parte da Operação Urbana Consorciada Água Espraiada e tem previsão de custo de R$ 233 milhões. Por se tratar de uma operação urbana consorciada, o valor é financiado pela venda dos Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepac).
Fonte: Estadão